(Rio de Janeiro) Deixemo-nos de floreados: nunca vi tantos candidatos a governador e ao senado. Nada a ver… navios.

Nas ruas da Barra da Tijuca total alheamento. Isso nunca vi lá nos tempos dos sertões, eleições, grandes emoções veredas. Adoro Diadorim na neblina.

No meu celular dispara uma mensagem de um porto seguro dizendo que eu tenho um crédito de 54.000,00.  Quem sou eu?

O que é cada vez mais evidente, essas mensagens mentem. Os políticos idem.

A paranoia é tal que, perante os desastrosos discursos obtidos a partir de uma ilusão, digamos à toa, mas vem surgindo e pode chegar até o gogó. Quando começa a campanha?

Está tudo aí. Pena que Jô Soares partiu!                Puxa vida com a morte do Jô, o mundo piora muito.

Muitas vezes, quando algum desalento ou agressão surgem, o silencio fala mais alto.

Vamos mudar de assunto?

Li que em Portugal tem um cemitério com o nome de Prazeres e que milhares de pessoas visitam, assim como vão ao cemitério Père Lachaise, em Paris, para conversar com Balzac, Oscar Wild, Proust, Maria Callas (foto), Edit Piaf, Jim Morrison etc. Tá vendo, as celebridades nunca morrem, mas não pertencem a nenhuma academia.

O Cemitério dos Prazeres fica na parte ocidental de Lisboa, localizado na freguesia da Estrela. Que nomes bonitos, né? Deve ser porque lá estão os restos mortais de Camões. Não sei porque chamam de restos mortais. Hoje, cinzas.

Voltando aos candidatos, apenas dois pontos: agosto tem muito vento, vento que levou Jô Soares e setembro, o mês que eu vim ao mundo, tem as flores, mas eu não sou daqui.

Nem sou palaciano sequer das lanchonetes, que vão se tornando obsoletas, muito antes de desaparecerem. E os candidatos? Ah! Na virtual inexistência.

Saudades de Maria Callas – Cala a boca já morreu, quem manda na minha cabeça sou eu.E priu.

Kapetadas

1 – Se eu fosse poeta, não queria comover, queria mover.

2 – Um ontem está valendo dois hoje.

3 – Som na caixa: “Lá vem o Brasil descendo a ladeira”, Moraes Moreira

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