João Pessoa, 18 de agosto de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Observamos que o tabagismo entre adultos diminuiu nos últimos anos, tanto por força de lei proibindo fumar em ambientes fechados, quanto pela própria conscientização, entendendo-se como “brega” alimentar esse vício danoso, não só para o fumante mas também para quem com ele convive.
O debate chegou às escolas e o assunto é tratado em sala de aula. A aluna Sofia Immisch, que cursa o 9º ano do ensino fundamental do Colégio Evolução, escreveu sobre o cigarro eletrônico, cuja redação transcrevo abaixo:
“Desde o período colonial, fumo sempre fez parte da cultura brasileira, como uma maneira de ‘status’ social. Contudo, com o desenvolvimento das indústrias do tabaco, novos modelos de cigarro foram criados ao passar dos anos, como dispositivos eletrônicos para fumar (DEF). Observa-se um exacerbado uso desse tipo de cigarro entre os jovens de 18 a 24 anos ou até mesmo adolescentes e crianças, cigarros também conhecidos como vapes, estão se destacando com seus diversos malefícios à saúde.
Apesar de, muitos acharem que os DEF’s não são tão prejudiciais à saúde quanto os cigarros convencionais de acordo como estudos do Instituto Nacional do Câncer – INCA, os vapes expõem o organismo a uma variedade de elementos químicos, gerados de diferentes maneiras. Uma delas é pela vaporização, já que substâncias citóxicas, eventualmente causadores de doenças pulmonares e cardiovasculares, são mantidas no vapor do cigarro eletrônico.
É evidente que, a partir dos prejuízos financeiros ocasionados às indústrias tabagistas, novas medidas seriam tomadas para fomentar o lucro desse setor. Sendo assim, foram elaborados os cigarros eletrônicos, com o objetivo de aumentar os ganhos dessas empresas. Até certo ponto, esses produtos foram bem-aceitos pela sociedade, mas ao descobrirem que eram tão prejudiciais quando uma cigarrilha tradicional, conforme apontam algumas pesquisas, segundo a CNN Brasil, os dispositivos eletrônicos não combatem vício, causando diversas doenças, sendo elas, câncer, pneumonia, tuberculose, entre outros. Essas empresas que já sabiam os danos de um convencional começaram a se aprofundar sobre os estragos que eles podem causar ao corpo social.
Portanto, o Ministério da Saúde com o Programa Nacional de Combate ao Tabagismo, seria de grande importância para a redução de números de fumantes. Porém, sua efetividade só acontecerá com a mobilização da sociedade. Sendo assim, cabe ao governo implantar órgãos de fiscalização e de conscientização nas escolas públicas e privadas, a fim de reduzir o acesso ao consumo dos vapes, por meio de condições legais de restrição à venda. Assim como, uma reforma nos sistemas de saúde, por meios de tratamentos, além de uma melhoria na especialização dos médicos. Dessa maneira, será possível a diminuição de problemas relacionados a esse vício”.
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TURISMO - 19/12/2024