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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Ouvindo Elis no vinil

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publicado em 27/08/2022 às 07h00
atualizado em 27/08/2022 às 04h50

Tem gente reclamando que não consegue completar uma frase, sendo interrompida. Lá longe, no sertão, há muito, trocaram o burro por uma moto.

Ainda hoje olho para o livro “Se me deixam falar”, de Moema Viezzer  Muito bom a narrativa. Surpreende pela garra. O conhecimento e engajamento.

Mesmo sendo da década de setenta, segue atual sobre a importância de uma consciência coletiva e as necessidades vitais. Grande Moema Viezzer!

Cenas desencontradas. Mas não seria o mesmo que trocar o lampião pela luz elétrica? Não, na luz do dia, Lampião nunca morreu. E de noite nem se fala.

Escuto no velho vinil Elis e Adoniram Barbosa: “Lá no morro quando a luz da light pifa/Nóis apela pra vela, que alumeia também”.

Barbárie. Em Uiraúna, na Paraíba, um pai matou a filha com um soco. É sim, um soco, o velho murro. Mão de ferro. Ele se apresentou à policia e foi liberado, após depoimento. Brazil!

Como falar quando não se tem voz? Mas você não é o dono da sua voz? Então, grite!

A ciência manda a gente se acostumar com a miopia, dor nas costas, coceira,  escambau. De frente a tv sem nada a ver, como um peixe no aquário, sorrindo e babando com a comida pré-digerida que os fazem engolir. Te dana!.

Uns vão passando, plantando bananeira, esta atitude banal em tudo o que fazemos. Colhendo conforto e rotina e indiferença. Sim, está tudo ligado!

Nem tudo o que acontece é por acaso, nem tudo que acontece é com os outros e os outros não somos nós. E quem somos?

É isso, no sétimo dia Deus se entediou.

Kapetadas

1 – Depois que inventaram a seta, tudo passou a ter sentido.

2 – E, no final, o tombo que se leva é igual ao tombo que se deu.

3 –  Som na caixa  – https://www.youtube.com/watch?v=z-MkCgqlZNo

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