Eu não sou machista.

A vida não é brincadeira, é devoração pura, já disse Oswald de Andrade, que era, dizem, um irreprimível e tirava onda com a sexualidade de Mário de Andrade.

Muitas coisas nos separam e outras unem criaturas que se vão pelos ralos.

Botei o pé na calçada e vi a família Marques reunida. Seu Ulisses e sua gente.

Lembrei das catequeses e do que resta de mentalidade enlatada. Ao passar em frente, dei boa tarde, e logo Seu Ulisses, (aquele que nos anos 90 criava um urubu), indagou: “por que você não me segue no Instagram, até o Bolsonaro me segue”. Esse até, deixou meus cabelos em pé.

Resolvi tirar a prova dos 9 naquela alegria terminal. Qual é seu Instagram? Seu Ulisses tinha bebido todas.

Contra a tristeza brasileira eu não tenha nada, também não sou o amor da cabeça aos pés.

Meu desejo de eu outro passa longe da possibilidade cosmopolítica e tira fino na sensação cosmopolita, mas preciso tirar os pés do chão. “Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares”, já disse a poetisa Cecilia Meireles

Eu bati na mulher.

Ia pela avenida Camilo de Holanda e no sinal aberto a moto da moça estancou e bati nela, mas não bati com força. Diante da cena primitiva, chamei o Samu, a mulher não quis, paguei os danos, a mulher aceitou.

A experiência não foi nada boa, muito embora o gesto sensível como solidariedade e síntese da coisa, diferente e o desigual, ao ouvir do outro da linha um parente perguntando: “o cabra fugiu? O cabra sou eu.

De repente vi uma onda selvagem se formado, motos e motoqueiros, pitacos e coisa e tal. Nem isto, nem aquilo,

A vida não é brincadeira. Aliás, não sei porque não fui direto ao assunto.

Kapetadas

1 – A maior poluição sonora que existe: A da sua casa no exato momento em que você resolve mandar um áudio.

2 – Aqui de boas observando as tretas

3 – Tradutor de libras é atendido por paramédicos com câimbra nos dedos após fala de Ciro

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