Parafraseando uma das canções que mais gosto, Espatódea, Nando Reis, eu realmente não sei dizer se o mundo é um lugar bom, mas, de certo, ficou muito melhor depois que você chegou. Num dia 3, no mês das flores. E  não veio perguntando se tinha lugar. Seu espaço já estava guardado em minha mente, meu coração e minha estrada, há anos. Um segundo amor. Calmo, tranquilo, sereno, sem neuroses e bem quentinho. Sim, você aquece. Aquece a todos que estão à sua volta.

Uma alma que, de tão parecida, julgo gêmea. Minha cor, meu cheiro, minha pele, meu sangue. Uma missão embrulhada em forma de presente. Você é meu dom. Não sei em que momento fui achada digna de você, mas, sim, você veio de mim e para mim. Um cuidado divino, que eu não sei se era merecedora, mas recebi.

Eu não perderia a chance de deixar registradas aqui estas palavras. Hoje, se vc as ler, certamente não entenderá a profundidade do que escrevo. Conto com as vantagens da publicação e notoriedade que neste espaço tenho para que um dia, quando sua mente for madura o suficiente, estas linhas ainda estejam aqui e façam sentido para você. Que um dia, quando isso acontecer, nossa ligação seja tão intensa quanto é agora. Mas, se não for ou se eu não estiver mais presente neste tempo e espaço, seu coração relembre e sua alma sinta o aconchego que hoje sentimos quando estamos perto um do outro.

Sim, você é meu. Mas, não serei egoísta. O mundo precisa de almas como a sua. De corações como o seu. Por isso te chamo de missão. Missão que, apesar de  prazeirosa,  é a mais difícil: te manter bom, sensível, amável, doce, puro, num tempo tão estranho para se viver. É complicado, mas estou tentando. Sendo o melhor que posso ser. E, se esse melhor não for o bastante, conto com a ajuda daquele que resolveu fazer deste  mundo um lugar melhor através de você. Acredito nessa verdade, com minha mente e meu coração, pois nem a escolha do seu nome foi aleatória, nenhum combinaria mais com meu menino,  meu Lucas, meu iluminado. Esta carta é para você, no seu oitavo aniversário.

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