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Adjany defende educação sexual nas escolas e maior combate ao feminícidio

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publicado em 21/09/2022 às 18h40
atualizado em 22/09/2022 às 03h55
Adjany Simplicio, candidato ao Governo da Paraíba. Foto: Rede Mais

A candidata ao Governo do Estado da Paraíba pelo PSOL, Adjany Simplicio, encerrou a série de sabatinas do programa Hora H, da Rede Mais Rádios, com os candidatos a governador. A professora destacou que deseja transformar a escola em um meio de tornar as próximas gerações mais críticas e conscientes, tanto na questão polícia, social quanto sexual.

“Eu e o PSOL, a gente entende que a educação tem que ter um compromisso, que está escrito na Constituição, na construção da cidadania. A preparação para o mundo do trabalho inclui discussões sociais que são pertinentes a nossa vida. A escola é um pedaço da sociedade, e a gente não pode deixar ela sem discutir. Então, um plano de educação que se responsabilize com a construção da cidadania tem que trazer elementos que atravessam as discussões sociais, a sociedade, para dentro da escola, no sentido de fortalecer a crítica”, ressaltou a candidata.

Com isso, temas que são polêmicos na sociedade e que envolvem minorias, como a população negra e a LGBTQIA+, são fundamentais de serem abordados, de acordo com Adjany. Entre eles, está a educação sexual nas escolas, assunto que já foi bastante criticado por setores mais conservadores da sociedade e alvo de fake news, como a mamadeira em formato de pênis, que ganhou notoriedade durante as Eleições 2018.

“A gente vive, hoje, uma cultura do estupro, do machismo. A gente tem ocorrências de violências contra crianças, abusos infantis, que ocorrem cotidianamente, em números alarmantes. É uma cultura, infelizmente. A gente precisa contribuir para que essa cultura não se perpetue. Uma das formas da gente fazer isso é construir nas crianças e adolescentes a sua consciência sobre seu corpo, sua autonomia, sobre seu direito, sua privacidade e tornar a discussão sobre a invasão de uma outra pessoa sobre seu corpo algo que não seja um tabu”, reforçou Adjany.

Além disso, defendeu medidas como a interiorização da saúde na Paraíba, taxação de grandes fortunas e a agricultura familiar, assim como ressaltou a questão feminina. Com casos de feminicídio recorrentes no Brasil e na Paraíba há muitos anos, com um recente em Campina Grande, onde o marido matou a esposa a facadas e limpou o sangue dela numa bíblia, a candidata afirmou que pretende criar programas de educação, economia e prevenção, mais delegacias, canais de atendimento e abrigos para mulheres.

“‘Ah, mas você só está falando das mulheres’. Estou, porque durante tanto tempo na história nós não fomos faladas, priorizadas. É preciso equalizar isso, e construir igualdade. Mas essa igualdade não se dá… ‘joguei um edital pra todo mundo’. Não. Tem que priorizar um público que é mais vulnerável, e, historicamente, as mulheres têm sido o público mais vulnerável e precisam de uma política específica”, afirmou Adjany.

Leonardo Abrantes – MaisPB