João Pessoa, 08 de outubro de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Quando hoje olho o Instagram, que não esconde a tragédia brasileira, com as maiores virulências a afundar-se longe do esplendor da vida, não me espanto mais. O brasileiro precisa de paz para trabalhar.
Uma conhecida nossa, de diferenças ideológicas, disse que tal pessoa era um “miserável” e isso não foi ontem, foi sempre, mas eu soube esta semana. A revoada de Victor Hugo já vai longe. (foto filme)
Na verdade, a pessoa disse que toda a família era miserável. Isso tem a ver com política? Acho que não. Isso é prodigioso do terror. A realidade é que é um limbo de miséria.
Eu tenho à mão alguns sinais, calos, tantos sois, jamais uma vida miserável. Procuro sempre ser atencioso, proativo e não me canso de ajudar as pessoas – todas elas.
Esse osso, essa negação, tipo de coisa que só a noite quando deitamos é que perdoamos, sabe lá as variações desse desencontro, que se repete todos os dias. É comum pessoas atirarem pedras nos vivos e nos mortos. E atiram no vazio de si mesmas.
Como definição da vida ou a imitação, a gente segue para outros destinos.
Das coisas não espantosas, a alegria escondida, para voltar depois como um cartão postal, instruindo o olhar, a mão da carícia, nesse show de Milton Nascimento “A Última Sessão de Música”. em que vislumbro as imagens do artista, em Miami (enviada por Alexandre Leite), sentando numa cadeira, cantando a saideira, é bonito demais.
A pessoa que chamou a outra de miserável, do que fica e não fica, de quem passa pela vida e não viveu, certamente, não conhece a poesia.
Kapetadas
1 – O preconceito é filho da ignorância, o preconceituoso, é bem pior.
2 – Você percebe que o mundo tá difícil, quando o fim dele parece mais motivador do que aterrorizante.
3 – Som na caixa: “Bebendo a mesma bebida, respirando o mesmo ar”.
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OPINIÃO - 22/11/2024