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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Ninar sim; mimar demais, jamais!

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publicado em 12/10/2022 às 09h35
atualizado em 12/10/2022 às 07h21

A CRIANÇA sempre me interessou, mas tenho algumas teorias sobre o assunto. Quando eu era pequeno não me metia em conversas de adulto. Hoje, as crianças falam demais, como se soubessem mais que os pais.

A primeira é que devia ser atribuída à criança viver no universo dela. As crianças de agora vivem noutro mundo, agarradas aos seus celulares. Meu filho só possuiu um celular, com 17 anos.

Criança se soubesse aproveitaria o máximo da vida, das brincadeiras e da pureza.

Alguém que escrevesse numa língua para todos, não eu, alguém que já alertou: cuidado com o que se conversa na frente das crianças. Criança não é uma pessoa neutra, ela é luz, mas não pode viver assim dia e noite com os seus quereres aflorados.

A segunda teoria é que seja quem for, pai ou mãe, avô, avó ou tutor, o mais certo é ficar atento. Não pode mimar demais uma criança, ninar sim: mas nunca exageradamente.

Nas hipóteses, não dar tudo que uma criança pede, mas não deve bater quando a criança está errada, existem outras formas e soluções. Eu pelo menos apanhei pra xuxu, mas meus brinquedos eram carros de lata e madeira, caminhões comprados na feira de Jatobá, mas nunca passei da hora de estudar.

A gente olha para os pais laureados,  alguns bem criados, mas não sabem fazer o mesmo com seus filhos. Não esperem por milhares de profissionais, procurem educar a criança para que ela os represente amanhã.

Procure aproveitar bem o tempo de brincar com elas. Brinquei tanto com meu filho Vitor que ainda hoje ele me chama para brincar.

Por fim, não é uma teoria que eu tenho, nenhuma teoria, mas seria a minha aposta se apostasse: a criança precisa de atenção, de ensinamentos, nenhum tratado lógico-filosófico sobre medidas tais. Não, criança é criança. Procure mostrar a ela o prazer da leitura.

Alguns pais têm dificuldades. Mas não podemos deixar que as crianças falem por nós. A dificuldade de viver assim passa a ser recorrente.

Até agora não fiz de menos, nem demais. Talvez por isso e muito mais já não tenho mais uma criança dentro de casa, temos um homem feito, que estuda, sabe dirigir, é atencioso, educado, inteligente e bem tranquilo.

Não que Vítor seja o espelho, não, mas ficou em mim a criança que eu era, que ele foi e ainda somos felizes, no meio de tantos insuportáveis adultos mal criados. Fica a dica.

Kapetadas

1 – A teoria é simples. fazer acontecer a prática, é que são elas

2 – Prove que seu humor é peculiar com algo que te faz rir.

3 – Som na caixa: “Mas é bom saber o que dizer/E o que não dizer/Na frente das crianças” Caetano Veloso.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB