João Pessoa, 15 de outubro de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Benedito Gonçalves, deu três dias para o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para se explicarem sobre as investigações em pesquisas eleitorais. Para Benedito, houve indícios de desvio de finalidade no inquérito, que favorecia a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Determino a intimação de Alexandre Cordeiro Macedo, presidente do Cade, e Anderson Torres, ministro da Justiça, para que, no prazo de 3 dias a contar do recebimento da comunicação eletrônica, manifestem-se a respeito dos indícios do desvio de finalidade em tese caracterizado pelo uso de órgãos administrativos para lograr objetivos eleitorais”, escreve o corregedor na decisão.
Na última quinta-feira (13), a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar os institutos que divulgavam pesquisas eleitorais de intenção de voto, como o Datafolha, Ipec, Ipespe e outras. A abertura foi um pedido de Anderson Torres, que atendeu a um ofício da campanha do presidente.
No último dia 2 de outubro, o ex-presidente Lula (PT), líder das pesquisas de intenção de votos, manteve a liderança para Bolsonaro, mas com uma vantagem muito menor. Ao final das apurações, o petista ficou com 48,43%, enquanto o liberal terminou com 43,20%. A expectativa do Instituto Datafolha e de outros era que o presidente ficasse entre 34 e 38%.
No entanto, na mesma quinta-feira (13), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tornou sem efeito as medidas da PF, alegando que cabe a Justiça Eleitoral essa fiscalização.
MaisPB com g1
OPINIÃO - 26/11/2024