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O servidor Alexandre Gomes Machado foi exonerado do cargo de assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta última terça-feira (25). Mas, de acordo com ele mesmo, em entrevista para a CNN Brasil, sua saída serviu apenas para a criação de uma “cortina de fumaça”.
A exoneração do servidor aconteceu logo depois da campanha do candidato Jair Bolsonaro protocolar uma petição para sustentar a denúncia de que há desigualdade entre as inserções publicitárias das duas campanhas. Alexandre era coordenador do pool de emissoras e responsável por disponibilizar as inserções publicitárias para emissoras de televisão e rádio, através do TSE.
A campanha do atual presidente contesta a veiculação de inserções publicitárias no Nordeste do país, que, de acordo com uma pesquisa da Audiency Brasil Tecnologia Ltda, foram mais de 150 mil não veiculadas na região. Sobre isso, Alexandre revela que todas as peças foram disponibilizadas pelo TSE, mas não é seu dever fiscalizar.
“Em tese, eu não tenho nada a ver com a fiscalização. O meu trabalho é fazer com que as rádios tenham o conteúdo. Eu tinha feito todo o meu trabalho e achei que estava tudo tranquilo”, justifica Machado.
Inclusive, o próprio TSE reconhece, em seu site, que o dever das emissoras de rádio e TV são veicular essas inserções publicitárias. O pool de emissoras é localizado na sede do Tribunal, com diversos representantes de diversos veículos, os quais são encarregados de recolher os materiais e distribuir na programação.
“Os canais de rádio e TV de todo o país devem manter contato com o pool de emissoras, que se encarrega do recebimento das mídias encaminhadas pelos partidos, em formato digital, e da geração de sinal dos programas eleitorais”, diz o TSE.
MaisPB com CNN Brasil
OPINIÃO - 22/11/2024