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Alexandre Machado

TSE diz que servidor tinha suspeita de assédio moral e mentiu para a PF

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publicado em 26/10/2022 ás 16h55
atualizado em 26/10/2022 ás 18h59
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu, nesta quarta-feira (26), uma nota contra o servidor exonerado nesta última terça-feira (25). No texto, o Tribunal ressaltou que a demissão de Alexandre Machado foi decorrente a práticas de assédio moral, relacionadas a questões políticas. Além disso, afirmou que as declarações dele feitas à Polícia Federal (PF) são “falsas e criminosas”.

A exoneração do servidor aconteceu logo depois da campanha do candidato Jair Bolsonaro protocolar uma petição para sustentar a denúncia de que há desigualdade entre as inserções publicitárias das duas campanhas. Alexandre era coordenador do pool de emissoras e responsável por disponibilizar as inserções publicitárias para emissoras de televisão e rádio, através do TSE.

O servidor alegou que foi exonerado após denunciar problemas na veiculação em uma rádio da propaganda da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso confirmaria a denúncia da campanha bolsonarista, vindo do ministro das Comunicações, Fábio Faria, que afirmou uma diferença de inserções veiculadas entre o atual presidente e o candidato Lula (PT) nas regiões Norte e Nordeste.

Confira a nota do TSE sobre o caso:

“O Tribunal Superior Eleitoral informa que a exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado que ocupava o cargo em comissão de confiança de Assessor (CJ-1) da Secretaria Judiciária foi motivada por indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas.

A reação do referido servidor foi, claramente, uma tentativa de evitar sua possível e futura responsabilização em processo administrativo que será imediatamente instaurado.

As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas.

Ao contrário do informado em depoimento, a chefia imediata do servidor esclarece que nunca houve qualquer informação por parte do servidor que “desde o ano 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existam falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita”.

MaisPB com g1