João Pessoa, 29 de maio de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
França, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Canadá anunciaram nesta terça-feira (29) a expulsão de diplomatas sírios nos países, em resposta ao massacre de Hula, que deixou mais de 100 mortos na sexta-feira, e à escalada de violência no país em crise.
O presidente da França, François Hollande, anunciou a expulsão da embaixadora da Síria.
A decisão será notificada à embaixadora "hoje (terça-feira) ou amanhã (quarta-feira)", declarou o presidente em uma entrevista coletiva após um encontro com o presidente do Benin, Thomas Boni Yayi. Hollande anunciou ainda que o grupo de países "amigos da Síria" se reunirá em julho em Paris.
"Tive uma conversa ontem (segunda-feira) com David Cameron, o primeiro-ministro britânico. Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores, conversou com o secretário-geral das Nações Unidas e concordamos com uma série de medidas de pressão contra a Síria", disse Hollande.
O presidente francês anunciou que entre as decisões está "a expulsão da embaixadora da Síria na França".
Segundo os primeiros elementos de uma investigação da ONU, a maioria das 108 vítimas (incluindo 49 crianças) do massacre de Houla foram executadas.
Reino Unido
Já o Reino Unido anunciou a expulsão do encarregado de negócios sírio no país, segundo um porta-voz da chancelaria. O chanceler William Hague iria detalhar a decisão mais tarde.
Canadá
Já o Canadá anunciou a expulsão dos três diplomatas sírios que restavam em Ottawa, anunciou John Baird, ministro de Relações Exteriores.
Itália
A Itália também anunciou a expulsão do embaixador sírio no país. O embaixador, Khaddour Hasan, convocado pelas autoridades italianas, foi declarado "persona non grata", indicou em um comunicado o ministério italiano das Relações Exteriores.
Confronto
A Síria está em crise política desde março do ano passado, com grupos rebeldes tentando derrubar o contestado presidente Bashar al Assad e sendo fortemente reprimidos pelas forças oficiais, castigando a população civil.
Pelo menos 12 mil pessoas morreram, segundo as estimativas da oposição.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024