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Kubitschek Pinheiro MaisPB
Fotos: Maciel Goelzer
Seu primeiro nome é José e a turnê por ser intimista, leva seu nome. Zeca Baleiro traz seu novo show, “José” para o Teatro Padre do Reino, neste sábado, às 21h. Não tem programa melhor. A produção é do “EncenaProduções”, do empresário Antônio Alcântara.
O cantor e compositor maranhense já se apresentou várias vezes em João Pessoa e fará um show com canções marcantes de sua discografia e vai compartilhar com o público a audição de músicas e autores importantes na sua trajetória, criando um clima de intimidade.
Vamos assistir inclusive, improvisos e momentos em que a plateia canta junto e o Zeca Baleiro adora. tem clássicos
Entre um clássico e surpresas, o setlist traz canções consagradas de sua carreira como “Telegrama”, “Bandeira”, “Babylon” e “Flor da Pele”, (está, uma versão que ele fez de Vapor Barato e cantou com Gal Costa no Acústico MTV em 1997) e releituras de músicas dos discos mais recentes, “O Amor no Caos” e “Canções d’Além-Mar” (premiado com o Grammy Latino 2021 na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira).
“José”, nasceu de uma sacada de 2017, quando Zeca Baleiro se apresentou em Porto Alegre na série “Poesia, Então”, a convite do projeto Unimúsica da UFRGS. Na ocasião, o artista estava completando 20 anos de carreira e resolveu criar um show especial para o evento. Assim nasceu “José”, show autobiográfico em que Baleiro compartilhava histórias de vida e de carreira, vídeos, leituras de poemas, escuta de vinis de sua coleção pessoal, e respondia a perguntas de fãs enviadas por mensagens de áudio e previamente selecionadas.
No semestre passado, Zeca Baleiro concedeu entrevista ao MaisPB com Vinícius Cantuária, resultado primoroso do álbum “Naus”, que está nas plataformas digitais. Em entrevistas ao MaisPB, Zeca Baleiro fará uma homenagem à cantora Gal Costa, que partiu na última quarta-feira. Leia a entrevista completa e saiba muito mais do show “José”
MaisPB – Não se fala outra coisa na cidade, senão no show de Zeca Baleiro, que fará neste sábado no Teatro Pedra do Reino. Como será esse reencontro do artista com seus fãs paraibanos?
Zeca Baleiro – A expectativa é de fazer um show bastante caloroso, apesar de intimista. Eu e máquinas apenas. E muitas histórias e música. Esse show pretende contar um pouco da minha história. Nele eu compartilho referências musicais e literárias e, claro, toco muitas canções importantes da minha trajetória.
MaisPB – Tão singular o nome da turnê “José” – que é o nome do pai de Jesus. Vamos falar dessa sacada que até pode ser outra homenagem ao cidadão José, Zé, tão brasileiro?
Zeca Baleiro – José é meu nome de batismo. E como se trata de um show “íntimo”, próximo, um tète-a-tète com o público, achei que seria um bom nome, simbólico, brasileiro, popular… É isso, o Zé, o Zeca, o homem comum brasileiro.
MaisPB – A gente percebe nos seus shows que você canta como se falasse para o público. Fala aí desse feedback?
Zeca Baleiro- Penso que o compositor é um pensador, um cronista de seu tempo. O que faço é música, como diria o Macalé (rs), mas nisso aí estão embutidos filosofia, afetividade, crítica social e política, compaixão pela humanidade, revolta, tudo junto…
MaisPB – Além dos sucessos que ninguém esquece como “Telegrama”, “Bandeira”, “Babylon” e “Flor da Pele”, teremos releituras e músicas dos discos mais recentes, “O Amor no Caos” e “Canções d’Além-Mar”, este, premiado com o Grammy Latino.
Zeca Baleiro – Espero que assim seja. Acho que cheguei numa síntese interessante para o repertório. Acho que o público vai gostar. Tem sucessos, mas tem muitas músicas de formação, memória, referência… Histórias emblemáticas da vida e da carreira, um passeio pelo rádio da minha infância e… etc.
MaisPB – A propósito você teve participação no show especial de Gal Costa em 1997, ela cantando “Vapor Barato” e você sua versão de “Flor da Pele”. Você poderia falar desse momento e se vai homenagear Gal no show “Jose?”
Zeca Baleiro –Sim, a Gal foi muito importante na minha carreira, na minha vida. Não bastasse todos os belos discos que ela fez ao longo da vida, inspiradores, cantar com ela foi a realização de um sonho juvenil. Sim, devo homenageá-la no show.
MaisPB – Vamos ter alguma canção de outros artistas?
Zeca Baleiro- Sim, neste show reverencio alguns artistas-mestres. E, detalhe: nunca repito o mesmo repertório, sempre mudo.
MaisPB – “José” estava em turnê antes da pandemia e passou por algumas cidades. João Pessoa é a primeira a entrar na rota da turnê?
Zeca Baleiro – Não. Desde o retorno já passamos por São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, Maceió, Recife, Florianópolis, Salvador e agora chegamos em João Pessoa.
MaisPB – E o disco que você fez com Chico César, será que sai em 2023?
Zeca Baleiro – Espero ansiosamente que sim. Eu e Chico nos envolvemos sempre com muita coisa ao mesmo tempo, muitos projetos paralelos, temos essa natureza, então o disco a dois acabou ficando de lado. Mas em dezembro lançaremos um single duplo e em 2023 o disco cheio. Se Deus, Alá e Oxalá permitirem.
Clique aqui e assista aqui a versão do artista A Flor da Pele, que ele cantou com na década de 1990
OPINIÃO - 22/11/2024