João Pessoa, 27 de maio de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) informaram neste domingo (27) que vão soltar, na próxima quarta-feira (30), o jornalista francês Romeo Langlois, que está há quase um mês em poder da guerrilha.
A frente 15 do Bloco Sul das Farc utilizou uma de suas páginas na internet para divulgar a informação. A nota, assinada pela guerrilha nas "montanhas da Colômbia", consta de três pontos nos quais ela expõe, primeiro, que "a libertação do jornalista francês Romeo Langlois acontecerá na próxima quarta-feira, dia 30 de maio".
Depois, a guerrilha diz que as coordenadas do local onde Langlois será libertado serão entregues "oportunamente" a uma missão humanitária formada por representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a ex-senadora Piedad Córdoba e um representante do governo francês.
Por último, o comunicado indica: "Nos declaramos na expectativa em torno da divulgação dos protocolos de segurança indispensáveis para o sucesso da operação. Todos os protagonistas desta libertação devem ser cercados de garantias para sua integridade física".
Córdoba, que está no México preparando seu programa para o canal venezuelano Telesur, antecipará de quinta (31) para segunda-feira (28) seu retorno à Colômbia para acertar os detalhes da operação de libertação, informou sua assessoria de imprensa.
A ex-senadora, afastada em 2010 de seu cargo por vínculos com o grupo rebelde, disse ontem a um programa de rádio da Colômbia que um representante do presidente francês, François Hollande, chegaria ao país tão logo as Farc anunciassem a data da entrega.
Já María Cristina Rivera, porta-voz da Cruz Vermelha, disse que desde este domingo começou a operação logística, e que nas próximas horas está prevista a apresentação de uma minuta do protocolo de segurança a representantes do Ministério da Defesa colombiano para depois deixá-lo "de acordo com as outras partes".
As Farc manifestaram desde o início da captura do jornalista sua intenção de libertá-lo, e reivindicaram também seu "pleno direito de deter e investigar" um colombiano ou um estrangeiro.
Além disso, justificaram que Langlois usava um colete e um capacete do exército no momento do sequestro, já que ele acompanhava um batalhão antidrogas para fazer uma reportagem sobre seus trabalhos.
Langlois está em poder da guerrilha desde o dia 28 de abril, quando os guerrilheiros fizeram uma emboscada ao batalhão antidrogas e iniciaram longos combates em uma zona rural de Montañita, município do departamento (estado) de Caquetá.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024