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Formada em Direito, Administração com ênfase em Comércio Exterior e pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Universal Class da Florida.
É lider climate reality change pelo Al Gore e ceo do site Belicosa.com.br onde escreve sobre comportamento digital e Netnografia.

Você abusa da tecnologia?

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publicado em 01/12/2022 ás 07h51

Saiba quais os efeitos do uso abusivo de tecnologia

Sente dor nas costas, vista cansada ou dificuldade para dormir. Esses são alguns sinais de que talvez você esteja abusando da tecnologia. Chamado de uso problemático de internet essa dependência é um problema atual.

Mas o que é uso problemático das telas?

Apesar da variação no nome, suas características podem ser entendidas como comportamentos de uso descontrolado de mídias interativas por meio de uma tela, que comprometam a função física, psicológica e social de um indivíduo.

Nos últimos anos, médicos do mundo todo vêm atendendo, em números cada vez maiores, crianças, jovens e idosos cuja a saúde foi afetada de inúmeras formas porque abusou do tempo de uso de smartphones, jogos ou internet.

As crianças e adolescentes estão especialmente em risco de desenvolver uso problemático, pois adotam com rapidez e facilidade a tecnologia, e porque ainda precisam desenvolver funções executivas do cérebro, como o controle dos impulsos, a autorregulação e o pensamento futuro.

Nos idosos é o incremento de acidentes como tombos, atropelamentos e demência que preocupa. Segundo uma pesquisa realizada pela Nielsen, os idosos estão mais obcecados por telas do que os jovens e tem passado muitas horas diárias em frente a tecnologias que antes eram predominantemente usadas pela juventude.

Se comparado o número de horas diárias consumidas nos dispositivos, incluindo, TV, smartphone, tablets e PC’s, os acima de 65 anos gastam quase 10h por dia em comparação à quase 8h dos jovens, comprovando que a faixa de idade sênior está cada vez mais imersa em tecnologia.

A pesquisa demonstra que quando todas as telas são contabilizadas, as pessoas mais velhas aparecem mais viciadas. Apesar de muitos pais, mães, avôs e avós reclamarem da obsessão dos jovens por tela, esse dado mostra que não tem ninguém a salvo do abuso de telas.

Mas como podemos dizer que o outro abusa da tecnologia? Não podemos, quem faz esse diagnostico são profissionais da área de saúde. Porém há sinais no comportamento do outro que podem ser observados e alertados com cuidado.

São eles:

Preocupação com a Internet

Necessidade de aumentar o tempo conectado para ter a mesma satisfação

Esforços repetidos para diminuir o uso da rede sem sucesso

Inquietude ou irritabilidade quando o uso é restringido

Relações sociais em risco pelo uso excessivo

Mentir aos outros sobre a quantidade de horas conectadas

Usar a Internet como forma de fugir dos problemas ou para se sentir bem

Os tantos resultados adversos causados pelo abuso e dependência das telas podem ser facilmente identificados e envolvem, saúde física e saúde mental, como:

Dores na coluna, problemas oculares e até Infecções, sim, os smartphones podem agir como reservatórios de microrganismos ajudando a disseminar outras doenças.

Dificuldades relacionadas ao sono são considerados um elemento-chave para a aprendizagem e a memória, bem como para a regulação emocional. Um cérebro que não descansa o corpo padece.

Embora as telas sejam usadas como ferramenta de comunicação, seu uso excessivo faz os indivíduos se tornarem dependentes e isolados. Isso causa redução do desempenho acadêmico e profissional em função do estimulo a comportamentos multitarefas para interagir frequente com a própria tela.

Mas o que os pais podem fazer para ajudar? Como as empresas pode informar? Como alertar a sociedade sobre os riscos que estamos assumindo em não se desconectar em algum momento?

A máxima de estabelecer regras de uso saudável e consciência sobre os males do abuso das telas é o principal. Mas dar exemplo sobre uso consciente, remover as telas em caso de dependência e notificar sobre comportamento problemático no trabalho é uma função de todos.

Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB