João Pessoa, 24 de maio de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Um protesto que se transformou em violência racista em Tel Aviv desencadeou nesta quinta-feira (24) uma grande polêmica sobre a presença em Israel de cerca de 60 mil imigrantes ilegais, a maioria sudaneses e eritreus, que entram no país através do Sinai egípcio.
Na quarta-feira à noite, centenas de israelenses ocuparam as ruas do bairro pobre de Hatikva, localizado no sul de Tel Aviv, aos gritos de "sudaneses no Sudão" e outras frases xenófobas, criticando "as belas almas esquerdistas" que defendem os estrangeiros.
Alguns manifestantes atacaram e saquearam lojas de propriedade de africanos e atiraram pedras em vários carros de imigrantes, informou à agência France Presse o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.
A polícia prendeu 20 manifestantes e pediu nesta quinta-feira à justiça para estender a detenção de 16 deles, incluindo quatro menores de idade. A polícia também exigiu a prorrogação da prisão de sete outros jovens acusados de envolvimento em ataques contra imigrantes no início desta semana.
Nenhum imigrante ficou ferido e os reforços policiais permaneceram "na área para manter a calma", disse Rosenfeld.
O ministro do Interior, Elie Yishai, líder do partido religioso Shass, não mediu palavras ao afirmar que devemos "colocar atrás das grades" todos os imigrantes ilegais africanos.
"Eles devem ser colocados em centros de detenção e, em seguida, precisam ser enviados para casa, porque eles chegam para tirar o trabalho dos israelenses. Precisamos proteger o caráter judaico do Estado de Israel", afirmou Yishai à rádio militar.
Se o governo não agir, advertiu Yishai, "em breve eles serão meio milhão ou até um milhão".
Folha.com
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