João Pessoa, 29 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Recebo ligação de um amigo, que acabara de ler a
Coluna. Antes, fez questão de separar as coisas e esclarecer,
pra começo de conversa, que renunciava à nossa proximidade e se apresentava como cidadão. Nem precisava. Sua
vida de vencedor coloca-lhe nessa posição de quem pensa a
sua terra com olhar de contributo.
Do outro lado da linha, o interlocutor convidava-me a
uma outra reflexão sobre a segurança pública, tema tratado
com preocupação pela Coluna. Comparou os resultados
apresentados nessa gestão com outras tentativas perpe-
tradas outrora. Sereno, sentenciou sem nenhuma dúvida:
apesar das dificuldades, o atual governo tem sim dado
respostas.
A eficácia de elucidar crimes em tempo recorde,
marca da atual política de segurança, apesar de repressi-
va, é também política preventiva, porque inibe a ilimitada
ousadia dos bandidos, pregou. Entre outras ponderações, o
amigo, leitor e cidadão, não identificado a pedido, conven-
ceu-me de que se as coisas ainda não andam as mil maravi-
lhas, elas também já não andavam e nem há solução do dia
para a noite.
Solidificou apenas o que já defendi aqui e no rádio: o
atual secretário, a quem defendo a permanência, é dedicado e profundo conhecedor da área. Desconfio que falta-lhe
algum ajuste pra transformar números positivos em efetiva
sensação de proteção.
É fato – O governo tirou muitos policiais dos serviços de
burocracia, diminuiu até o
efetivo da Granja, convocou
um grupo da reserva e os
devolveu ao front de combate à violência.
No dia-a-dia – A medida incrementou
o aparato, mas ainda falta
ao cidadão a percepção
dessa presença cotidiana,
que poderia ser amenizada
com homens e viaturas em
pontos estratégicos.
Entre o pragmatismo e o ego – A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) jura desinteresse
na vice de Estelizabel Bezerra (PSB), mas não deixa de
ficar sobremaneira feliz e entusiasmada cada vez que alguém lembra do seu nome para o posto. Em contato com
a Coluna, entretanto, Raíssa aquietou suas bases: “Não
quero ser vice de ninguém. Meu projeto é a reeleição”.
Uma dose de conteúdo faz bem – O ex-governador Zé Maranhão (PMDB) tem larga folha de serviços prestados à Paraíba, porém precisa enxertar
novas idéias ao seu portfólio, se quiser vencer na Capital.
Em cada entrevista, escasseiam subsídios e propostas concretas e sobram divagações.
Conceitos de gestão – Pesquisa de avaliação interna em poder de marqueteiros indica que, quando instigado a dizer em qual ex-prefeito da Capital votaria, o eleitor escolhe Ricardo Coutinho e
Luciano Agra, que goleiam o senador Cícero Lucena. Um
dado a se levar em conta.
Cúmplices – Perde quem aposta em
estremecimento ou distanciamento entre o secretário Nonato Bandeira e o
governador Ricardo. Ambos
sabem o que um representa
para o outro.
É do PT – O PSB anuncia hoje o
coordenador do programa
de governo de Estelizabel
Bezerra. Gustavo Tavares,
professor da UFPB, havia
sido o escolhido para a campanha de Agra.
Tática – Definida a estratégia
interna da ala que defende
no PT a tese de candidatura
própria. O grupo lançará
cinco chapas para concorrer
ao maior número de delega dos no encontro.
Justificativa – Os petistas aliados do
deputado Luciano Cartaxo
entendem que a jogada
da pulverização ajuda as
chapas a fisgarem o maior
número possível de votos
dos filiados.
Outra linha – Já os ‘sacristãos’ do
padre Luiz Couto se esforçam para unificar a chapa
com todas as tendências
aliadas e apostam na estratégia como sinal de unidade
político-conceitual.
Antes e depois – Quase duas horas. Esse foi o tempo do elástico discurso do prefeito Veneziano Vital, na sua despedida e prestação de contas ontem na Câmara. Foi pródigo em comparações.
Caneladas – Olhar fixo em João
Dantas (PSD), Vené bradou
ser prefeito ficha limpa e
anunciou 100% de saneamento em Galante, perspicaz provocação a Romero
Rodrigues (PSDB).
Projeção – O vereador Fernando
Milanez discorda de observação feita pela Coluna na
edição de domingo. “Em
qualquer resultado, Maranhão sairá maior do que
entrou nessa eleição”.
A pergunta é… – Instalado há três
meses, depois de muito
suspense e trapalhadas,
pergunta-se pra quê tem
servido mesmo o tal Conselho Político do PSB em João
Pessoa na atual conjuntura?
Tempo – “Eu sei esperar”.
Resposta do deputado João
Henrique (DEM) a quem lhe
pergunta por que Monteiro
ficou fora do mapa de licitações de obras anunciadas
pelo Governo RC.
Pingo Quente
“Vai ser difícil pro Governo”
(Do deputado Adriano Galdino (PSB) prevendo tempo nublado na votação – que
exige quórum qualificado – das medidas provisórias de autoria do Executivo).
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OPINIÃO - 22/11/2024