João Pessoa, 07 de dezembro de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Congresso Nacional do Peru retomou o poder, nesta tarde de quarta-feira (7), e destituiu o presidente Pedro Castillo do poder. Mais cedo, ele havia instituído um governo de exceção em todo o país, dissolvido o Parlamento e declarado estado de emergência. Agora, de acordo com o “El Comércio”, o ex-presidente foi detido pela polícia.
Com essa reviravolta, o Congresso pediu à vice-presidente Dina Boluarte para assumir o cargo máximo do Governo peruano. Ela não apoiava os atos golpistas de Pedro Castillo e tinha rompido com ele há semanas. Sua posse deve ocorrer ainda nesta quarta-feira.
“Eu rechaço a decisão de Pedro Castillo de perpetrar a quebra da ordem constitucional com o fechamento do Congresso. Trata-se de um golpe de Estado que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar seguindo as leis”, disse a nova presidente do Peru
A decisão de Castillo aconteceu nesta quarta-feira diretamente de um pronunciamento na televisão, onde ele reforçou algumas medidas que irá adotar temporariamente. Além de dissolver o Congresso, anunciar o governo de exceção e promover novas eleições, ele buscará a elaboração de uma Constituição nova dentro de nove meses.
Além disso, medidas totalitárias foram apresentadas pelo presidente, como o toque de recolher entre 22h e 04h, a devolução ao Estado de armas ilegais e reorganização do sistema de judicial, incluindo o Poder Judicial, o Ministério Público, a Junta Nacional de Justiça e o Tribunal Constitucional.
Apesar das controvérsias, dissolver o Congresso é algo permitido pela Constituição peruana, algo que já ocorreu em 2019, com Martín Vizcarra, e 1992, com Alberto Fujimori. No entanto, assim como a vice-presidente, os ministros da Economia e das Relações Exteriores renunciaram seus cargos e até o advogado Benji Espinoza Ramos rompeu laços com Castillo após os atos.
MaisPB com g1
OPINIÃO - 22/11/2024