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Para Cássio, CPI deve aprofundar relações da Delta em todo o país

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publicado em 22/05/2012 ás 19h30

 Depois de quase três horas de um espetáculo grotesco, o eloquente silêncio de Carlinhos Cachoeira, a CPMI decidiu encerrar a sessão em que, na verdade, o contraventor não foi ouvido. Deu-se por prejudicada a inquirição quando ainda faltavam trinta e nove inscritos para a oitiva. “Está claro que, como juízes, temos que buscar outros meios de obter provas técnicas que comprovem as ligações entre o lobista Cachoeira com a Delta”, afirmou o Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), durante encaminhamento favorável ao requerimento da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que propôs o encerramento do teatro. Cachoeira deixou claro que só fala depois da audiência que terá, em 30 de maio, na Justiça Federal de Goiás.

O senador Cássio reforçou a trincheira formada pela oposição para agilizar a convocação dos governadores e do dono da Delta, Fernando Cavendishi, além da quebra do sigilo da empresa, campeã das obras superfaturadas do PAC. “Abandonar o depoimento do bicheiro Carlinhos Cachoeira é a decisão mais sensata da CPI neste momento para seguir em frente como foco na Delta", argumentou Cássio, diante do silêncio do bicheiro na CPI.

Segundo sustentou Cássio Cunha Lima, diante da insistente recusa do contraventor Cachoeira em responder às perguntas formuladas pelos parlamentares, “está mais do que claro e provado que aqui não, deste jeito, não chegaremos a estas provas”. Cássio foi o único parlamentar a apoiar, de imediato, a proposta do senador Pedro Taques (PDT-MT) de que a oitiva fosse convertida em sessão administrativa, antecipando-se a análise de requerimentos de quebra de sigilos bancário e fiscal. Entre eles os da Delta Construções e de seu ex-presidente, o empreiteiro Fernando Cavendish.

“Temos que otimizar os trabalhos, é preciso mergulhar nos documentos que a CPMI recebeu da operação Monte Carlo para comprovar o que, agora é indício: que a Delta com sede no Rio de Janeiro, promoveu inúmeros depósitos milionários em empresas laranjas do lobista Carlinhos Cachoeira”, frisou Cássio Cunha Lima.

Assessoria