Com casa cheia, Roxette faz show aclamado pelo público

Um show onde a nostalgia e a receptividade da plateia foram os grandes destaques da noite. Assim, pode ser definida a apresentação da dupla sueca Roxette no Recife, nesta sexta-feira (18). O pop do fim dos anos 1980 e início dos 1990 levou o público a dançar e até se emocionar com as baladas românticas que, sem dúvidas, fazem parte da história da vida de muita gente que compareceu ao Chevrolet Hall.

Depois de 11 anos sem vir ao Brasil e, pela primeira vez, no Recife, Marie Fredriksson e Per Gessle levaram o público ao delírio. Era possível escutar as vozes em quase todas as músicas do repertório do show, que durou cerca de uma hora e meia. Por volta das 22h20, a dupla subiu ao palco com a dobradinha “Dressed for Success" e "Sleeping in My Car" , que fez o povo dançar da pista ao camarote.

Mesmo agradando a plateia, que aclamava seu nome vez por outra, era visível a luta de Marie contra algumas limitações físicas, resultado da luta contra um tumor no cérebro que quase lhe tirou a vida. Diferente do restante da banda, ela não se movimenta muito no palco e tem algumas limitações vocais, que são ajudadas pela backing vocal do grupo. Mas o público não pareceu ligar, o negócio era curtir o quase milagre de a cantora estar nos palcos novamente.

E assim o show seguiu bem. “It Must Have Been Love” (cantada em uníssono), “Fadin Like a Flower”, “Crash! Boom! Bang!” e “How Do You Do” foram destaques no setlist, apesar do teclado fraco e, por vezes, desencontrado nas canções. “Dangerous” foi a escolhida para encerrar o show. No finalzinho da música, o guitarrista, Christopher, tocou “Vassourinhas”, enquanto a backing vocal dançava como uma passista de frevo, além de levantar a bandeira do estado de Pernambuco.

Esse foi o momento no qual eles transformaram o público já ganho em um público devoto. Para o bis, não havia segredo. “Joyride”, “Spending My Time” (cantada em parte, apenas pela plateia), “The Look”, “Listen to Your Heart” (como o próprio Per falou, eles não podiam deixar de tocar esta) e “Church Of Your Heart”. O resultado foi show que, apesar de algumas falhas, foi aclamado por um público que veio do Nordeste inteiro para viver uma noite de nostalgia.

Folha de PE