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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Comércio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

O Brasil precisa de um estadista

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publicado em 05/01/2023 às 11h25

Eleições, Bicentenário, outra onda da Covid-19,Copa do Mundo fora de época, ativismo judicial exacerbado, um executivo fraco, um legislativo submisso, governo de transição já governando, manifestantes em frente aos quarteis, à volta ao mapa da fome, desigualdade social, desemprego, “geração nem-nem” e por aí vai. Ufa! 2022, sem dúvidas, foi um ano atribulado.

Afinal, o que esperar do Brasil, que adentra em 2023, depois de emergir das urnas totalmente divididas na eleição mais polarizada da sua história.

O Governo Bolsonaro se despede de uma forma melancólica frustrando e revoltando seus mais ardorosos apoiadores. Foram erros graves, principalmente os desastrados pronunciamentos verborrágicos do Presidente durante a pandemia que lhe custou a sua reeleição.

Na economia, o presidente que sai deixa um legado que merece registro: reforma da Previdência, privatização da Eletrobrás e autonomia do Banco Central, Lei da Liberdade Econômica, criação dos Marcos Regulatórios do Saneamento, das Ferrovias, Lucro das Estatais. Todas essas ações comandada se implementadas pelo ministro Paulo Guedes que reduziram a intervenção do Estado, equilibraram as contas públicas impulsionando o crescimento econômico. Lamentavelmente, mais uma vez, reformas estruturantes como a Administrativa e Tributária, cruciais para retomada do desenvolvimento do país, ficaram pelo caminho.

E o presidente entrante? Em seu terceiro mandato, o Presidente eleito, não terá pela frente um céu de brigadeiro. Também não terá a bonança dos idos de 2003 no seu primeiro governo quando surfou na estabilidade do Real da lavra de Fernando Henrique quando desperdiçou a onda de crescimento econômico mundial.

A equipe de transição do governo Lula III já deu o toma o anunciar que vai estancar todo e qualquer processo de privatizações e desestatizações em curso no país. Inicia mexendo num vespeiro que deixou em polvorosa os potenciais investidores estrangeiros que tanto o país precisa ao quebrar uma regra de ouro universal: previsibilidade e respeito a contratos firmados.

O Lula, com certeza, vai ter muita pedreira pela frente. Será que ele terá a grande percepção que a sua principal missão como o mandatário do país é atuar como um verdadeiro estadista para reunificara nação brasileira atuando como um verdadeiro estadista? Teria Lula, liderança e envergadura moral para isso? Não acredito. Com os resultados das últimas eleições envoltas num manto de suspeitas sobre a lisura do discutível processo eleitoral das urnas eletrônicas, não vai dessa vez que teremos no Planalto um estadista.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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