João Pessoa, 16 de maio de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O diretor-presidente da FAC, Ramalho Leite, que tomou posse na presidência da Fundação de Assistência Comunitária (FAC) admitiu nesta quarta-feira (16) que pegou “uma bomba chiando”.
A declaração de Ramalho Leite veio enquanto ele explicava o que teria motivado à ‘Operação Almatéia’ da Polícia Federal em parceria coma Controladoria Geral da União (CGU) para investigar irregularidades praticadas no programa de distribuição de leite pelo do Governo da Paraíba.
Ramalho afirmou que em relação a FAC, o órgão estadual não cometeu nenhuma irregularidade, pois, a fraude estava sendo praticada “na ponta da cadeia produtiva do leite”.
“A fraude foi feita no início da cadeia produtiva. Eu mesmo posso até ter pagado pelo leite adquirido, como é que eu vou poder saber, pois ela foi feita lá na ponta”, afirmou o auxiliar do governador Ricardo Coutinho ao revelar que falta a FAC uma estrutura especializada para acompanhar todo o processo de aquisição do produto, como por exemplo, visitar todos os 400 postos de aquisição do alimento no Estado.
De acordo com Ramalho Leite, foi constatado através das investigações que os fraudadores atuavam criando produtores de leite. Como o programa estipula que um único produtor só poderia vender quatro mil litros, outras pessoas, que não tinham sequer uma vaca, eram cadastradas para que elas vendessem o produto como se fose de sua propriedade.
“Começaram a fabricar produtor e vendida o leite que sobrava dos outros, ele aparecia como produtor sem ser e isso vem sendo apurado”, afirmou.
Ele garantiu que todas as providências estão sendo tomadas para que as investigações possam apontar realmente quem é produtor, ou laranjas, usados pela quadrilha para vender o leite ao Governo.
“Mandamos a relação dos produtores a Emater e aí saberemos quem são os laranjas e também levantar quanto se pagou irregularmente”, afirmou.
MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 31/10/2024