João Pessoa, 17 de janeiro de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
(dedicado a desembargadora Fátima Bezerra)
Eu não sou besta, “besta é tu, não viver esse mundo”. Não, essa ideia invoca a simbiose simbólica que se estabelece entre uma coisa e outra, uma pessoa e outra. Eu, por exemplo, não quero mais saber quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha? Eu já comi os dois.
Decifrar vem de longe, não exatamente como pensam e acreditam que a Esfinge de Tebas, encontrada por Édit, a sua linguagem simbólica seja real – mais dificil de decifrar é o Brasil que decidiu acreditar de pés juntos no que a esfinge disse: “Decifra-me ou te devoro”
A história de gozos traduz o amor – e estão sempre de mãos dadas com a “natureza” de cada um. É fantático o jogo da vida, mas não me surpreende.
Quem morre primeiro, o amor ou a paixão? Um se transforma no outro.
Muitas vezes usados como fonte de alimento, o amor se cansa da mesma comida e a tendência é virar coisas parecidas, pessoas que seguem sozinhas, embora acompanhadas. Melhor só, né?
Eu vejo uma saída como utensílio do trabalho, o cultivo e a construção do conhecimento.
Eu não sou daqui, sou passageiro, se cá estou, certamente, não estou a me demorar.
São muitas vidas para confusões outras, simbolicamente para eu não me abalar.
Uma amiga disse que não aguentava mais o noticiário com Pelé. Ué, primeiro morre o Pelé, depois, seu nome.
Acho que como poucos, sou amigo das palavras e sei o peso delas e, apesar de estar longe de seus pesos, tenho facilidade com elas, sobretudo, quando se trata de emparelhar descobertas. Eu não sou daqui.
O espaço confinado do traidor, o lider do bando de que matou Trótski, ainda está por aí.
Cá nos trópicos, se a Esfinge divergir, será trucidada. No entanto, o nome de Trótski nunca morreu. Já o de Ramón Mercader…
Ando bastante atrapalhado desde aquele domingo, quando a selvageria destruiu obras de arte. Eu não sou daqui.
Não se junta cosmologias com cosmogonias, paixão e amor, talvez o sexo, que avança telhados e gritos benditos.
Kapetadas
1 – Há sempre um beócio em toda e qualquer gestão. Ou muitos.
2 – Nunca pensei que um dia, afinal, me acharia normal.
3 – Som na caixa: “Quem me pariu foi o ventre de um navio”, de João Roberto Caribe Mendes / Capinan
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OPINIÃO - 22/11/2024