João Pessoa, 23 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Quanto mais se esforça pra melhorar a forma – até personal trainner já contratou – o vice-governador Rômulo Gouveia mais engorda noutra e saudável circunferência: o peso político-eleitoral, capacidade aglutinadora e a visibilidade estadual. Um crescimento que ganha maior notoriedade com um carnaval cheio de andanças.
Ao receber o bastão da licença de Ricardo, Rômulo otimizou o tempo, pulverizou os contatos, a agenda de compromissos públicos e tomou pra si o comando formal das forças de segurança, como quem assume em pleno período de descanso a tarefa e a responsabilidade de supervisar os serviços oferecidos pelo Estado ao cidadão.
De festa em festa, de solenidade em solenidade, Gouveia, que já é donatário de razoável força partidária, via tamanho e ramificação plural e vitaminada do seu PSD, cavou ainda mais sua imagem de líder estadual, se revezando em aparições sortidas de forte presença do público de hoje e correligionário do amanhã.
Contando com a cumplicidade e confiança do governador, Rômulo segue maneiro no seu itinerário, sem ficar bitolado a planos vindouros para não perder o compasso ou se frustrar diante de cenários que lhe fogem ao controle, mas ciente de que o alimento do futuro depende e muito da dieta e disciplina adotadas no presente.
Missão –
Antes de deixar o comando do governo, Gouveia reuniu-se ontem à tarde com a cúpula da segurança estadual para avaliação da ação da Polícia durante o período do carnaval.
Cumprida –
“Foi um período muito positivo. Fizemos nosso papel”, avaliou à Coluna o vice-governador, que exerceu o posto de governador interino pela segunda vez na gestão RC.
Estratégia de sobrevivência –
Não se admirem se o clã Morais decidir pela estratégia de lançar o deputado Efraim Filho (DEM) à eleição pra prefeito de João Pessoa. O raciocínio é simples. Após 2010, Efraim Morais e o seu Democratas desceram de terceira força política para quinta ou sexta. Voltaremos ao tema com mais detida atenção e profundidade.
Prudência e construção de procedimentos –
O DEM, segundo a Coluna apurou, quer chegar ao começo de março com a decisão de lançar ou não candidatura própria. O partido redobra cuidados na tentativa de evitar dissabores. O objetivo é consolidar a unidade interna, seja qual for o nome escolhido.
Tira-teima e critério de definição –
Pretenso pré-candidato pelo DEM, o ex-deputado major Fábio sugeriu, em conversa com o colunista, pesquisa de opinião pública para a escolha do candidato do DEM. Mas avisou: vota com Efraim Filho, só não abre da defesa da tese de candidatura própria.
Padrinho –
O major não revela, mas o senador Cícero Lucena (PSDB) operou forte junto ao deputado Ruy Carneiro (PSDB) no convencimento da abertura de vaga para o suplente policial.
Tempo –
Quase fechados em torno da licença, Ruy e Fábio divergem apenas num ponto: o major quer assumir logo. Se dependesse do seu gosto, Carneiro só sairia em junho, no auge da eleição.
Negativa –
Cristão evangélico, Fábio nega, sem precisar de juras, que a ascensão seja óbvia costura política com o senador tucano. “Não é nenhuma troca. Sou candidato a prefeito de João Pessoa”.
Afinando o bico –
À propósito, Cícero e Ruy Carneiro se reuniram demoradamente ontem à tarde, em local sigiloso. Não precisa nem dizer que o cenário eleitoral da Capital figurou forte na pauta.
Novidade –
É aguardado pra hoje em Campina o anúncio de apoio partidário a uma das principais candidaturas a prefeito da cidade. De um partido que esteve em campo contrário em 2008.
Avanço –
Pesquisas de avaliação interna já indicam o presumível. Após a confirmação do apoio de Veneziano Vital, a secretária Tatiana Medeiros (PMDB) entrou na casa dos dois dígitos.
Basilar –
Talvez por isso, o deputado Romero Rodrigues (PMDB) firmou forte convicção: a rivalidade dos grupos Vital e Cunha Lima deve se repetir como tendência também nesta eleição.
Carnaval –
Em Poço José de Moura, adversários tiveram que recorrer à Justiça contra o prefeito Peixe Moura para garantir o desfile ontem do provocativo bloco do “Já Era. Oh povo ruim!
Ironia do calendário –
Dizem na cidade que o prefeito não quer nem ouvir falar na Semana Santa este ano. É que o seu vice, com quem está rompido definitivamene, é conhecido por (Walmir) Quaresma.
Cálice –
Perguntinha que se faz na ágora paraibana: até quando o deputado Damião Feliciano (PDT) resistirá à tentação de botar na bandeja a pré-candidatura de Geraldo Amorim a prefeito?
PINGO QUENTE – “Vamos aproveitar esse tempo para uma renovação espiritual”. Do senador Vital do Rêgo (PMDB) convidado os cristãos a um mergulho reflexivo nessa Quaresma, que antecede um tempo de eleições.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024