João Pessoa, 15 de maio de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Pelo menos cinco pessoas morreram e 17 ficaram feridas em explosões que ocorreram nesta terça-feira (15) em uma área movimentada da zona norte da capital da Colômbia, Bogotá. Balanço inicial falava em dois mortos.
O presidente colombiano, José Manuel Santos, disse que o alvo do ataque era o ex-ministro do Interior Fernando Londoño, que passava pelo local com um carro blindado e ficou ferido.
"Felizmente, o senhor Londoño se encontra estável, no hospital. Infelizmente morreram seu motorista e um agente da polícia", disse o presidente.
Londoño foi hospitalizado, mas não corre risco.
Testemunhas afirmam que houve pelo menos duas explosões, aparentemente de bombas, em um ônibus que ficou destruído.
Pelo menos sete veículos foram destruídos.O ataque aconteceu pouco após as 11h locais (13h de Brasília) na avenida Caracas, esquina com rua 74, região onde ficam muitas empresas e universidades, com presença constante de pedestres, especialmente estudantes.
Imagens de TV mostravam uma série de veículos danificados pela explosão, entre eles um furgão verde cujo teto foi levantado.
"Quero condenar da forma mais enérgica este atentado. Não entedemos qual é o seu propósito, mas tenham a absoluta certeza de que o governo não vai se deixar desestabilizar por estes atos terroristas", disse o presidente Santos.
"Vamos continuar com nosso caminho e vamos fazer todas as investigações que forem necessárias para encontrar o paradeiro dos responsáveis por este atentado. O terrorismo não vai nos intimidar de forma alguma. Ao contrário, nos enche de coragem para seguir adiante", afirmou.
Londoño foi o primeiro ministro do Interior do ex-presidente Uribe (2002-2010).
Horas antes, a polícia informou ter desmontado um carro-bomba carregado com 38 quilos de explosivos e dois de munição na zona sul de Bogotá.
Em 12 de agosto de 2010, dois dias depois da posse do presidente Juan Manuel Santos, um carro-bomba explodiu de madrugada, também no norte de Bogotá, deixando nove feridos leves e alguns danos materiais.
Este ataque foi atribuído à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas), a principal da Colômbia, com 9.200 combatentes.
Viagem cancelada
Devido ao atentado, o presidente Juan Manuel Santos cancelou uma viagem que tinha marcada a Cartagena das Índias, onde pretendia liderar um evento pelo início do tratado de livre-comércio com os Estados Unidos.
Estava previsto que Santos presenciasse a saída da primeira embarcação carregada de têxteis com as condições comerciais contempladas pelo novo acordo com os Estados Unidos, que entrou em vigor nesta terça-feira.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024