João Pessoa, 15 de maio de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ex-governador José Maranhão (PMDB) caracterizou nesta terça-feira (15) como uma “mentira deslavada” a denúncia qual acusa o peemedebista de ter recebido das mãos de empresário do Rio Grande do Norte George Olímpio, propina de R$ 500 mil, entregues na casa do político, como forma de garantir que o grupo investigado por fraudes no Detran/RN poderia implantar os mesmos procedimentos no Estado vizinho.
“Isso é uma mentira deslavada, fica até difícil uma pessoa de bom senso acreditar numa falsidade dessa natureza, até pelos valores atribuídos.”, frisou.
Em entrevista ao Correio Debate (98FM), Maranhão rechaçando a acusação ainda argumentou “que ninguém faz doação de 500 mil reais à campanha de qualquer candidato, por mais interessante que seja sua candidatura”.
Por fim, o ex-governador afirmou que tomará providências jurídicas contra o empresário Alcides Fernandes, autor da denúncia.
Entenda – No depoimento de delação premiada que o empresário Alcides Fernandes prestou em 2 de abril ao Ministério Público Estadual e ao qual o portal Nominuto teve acesso na íntegra, ele relatou que ouviu de George Olímpio e seu ex-cunhado, Eduardo Patrício, que o montante foi levado na mala do carro de George até o então governador da Paraíba José Maranhão, em 2010.
“Eu ouvi isso de ambos. O dinheiro foi levado na mala do carro. Não era para campanha, estava sendo dado ao José Maranhão. Foram R$ 500 mil para garantir a inspeção veicular. Eles achavam que a eleição estava ganha, que o José Maranhão não perdia de jeito nenhum. Quem entregou o dinheiro foi o Mou [Edson César Cavalcanti”, disse Alcides Barbosa.
Em 27 de novembro passado, o grupo doou quase R$ 500 mil, de maneira legal, com registros no Tribunal Superior Eleitoral, R$ 495 mil. Alcides diz não saber dessa doação. “Dessa eu não sei. Sei é dos R$ 500 mil”, comentou.
As doações foram feitas, conforme o TSE, por empresas ligadas a Gilmar da Montana à campanha de José Maranhão. Alcides comentou sobre o dono da construtora Montana: “A impressão que eu tive é que ele entrou para construir. Se pagou ou bancou propina para alguém eu não sei”, disse.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024