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elegância na folia

Foliões do Bloco Cafuçu animam ruas do Centro Histórico nesta sexta-feira

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publicado em 17/02/2023 ás 08h02
atualizado em 17/02/2023 ás 10h42

O Bloco Cafuçu ocupa as ruas do Centro Histórico de João Pessoa nesta sexta-feira (17), a partir das 19h, dando show de irreverência com roupas coloridas e estampas diferenciadas, penteados e estilos extravagantes, músicas bregas e muito humor para todas as idades. A concentração acontece em três locais: Ponto de Cem Réis, Praça Dom Adauto e Praça Rio Branco.

Segundo o presidente do Cafuçu, Buda Lira, este ano o bloco será animado por 10 orquestras de frevo e terá como atrações principais Ronaldo Rossi (cover de Reginaldo Rossi), o grupo Caronas do Opala e Axé do Yuri Carvalho, além de três DJs: Brasinha, Claudinha Summer e Ian Valentim.

Animados pelo som que vai do frevo ao brega romântico, passeando pelo rock, os cafuçus e cafucetas dão início por volta da meia noite ao circuito que repetem há 20 anos, que é o desfile pelas ruas do Centro Histórico de João Pessoa, conhecida também como Cidade Baixa.

Segundo informações do presidente do bloco, Buda Lira, o roteiro começa com a saída dos pontos de concentração em direção à Catedral de Nossa Senhora das Neves, seguindo pela avenida General Osório, passando ao lado do Edifício 18 andares e descendo pela rua da Areia até chegar à Praça Antenor Navarro, onde acontece a dispersão.

“Esse é sem dúvida o mais irreverente bloco da cidade. É pura diversão para os foliões que vão participar da festa e também para as pessoas que saem de casa simplesmente para assistir ao desfile. A expectativa é que teremos uma festa super animada, porque, de fato, é essa caraterística do Cafuçu, com os foliões com suas fantasias e adereços brincando com a alegria”, afirmou.

Para a jornalista Maria Helena Rangel, que não perde uma edição e vai à caráter, o bloco é o melhor que tem no carnaval da Capital, porque as “pessoas vão para brincar, para serem felizes e a ideia é ficar feio mesmo, sem medo de sofrer bullying. Quanto mais ‘ridículo’, melhor. Enfim, é o momento de soltar o cafuçu e a cafuceta que cada um tem dentro de si”, comentou.

Ela disse que mandou confeccionar uma prótese dentária para usar no bloco e por onde passa chama atenção pela fantasia e especialmente pela dentadura. “As pessoas pedem para tirar foto comigo e até querem andar do meu lado por conta desta caracterização. Esse bloco tem uma forma de expressão muito bacana, porque deixa a gente à vontade para brincar com o personagem”, destacou.

História do bloco – O Cafuçu surgiu de uma brincadeira entre amigos em 1988 durante o carnaval em Itamaracá, Pernambuco. A proposta do nome surgiu porque uma integrante do grupo, a atriz e funcionária da UFPB, Adalice Costa, se utilizava muito dessa expressão diante de alguém que cometia gafes, se comportava de forma mal educada ou simplesmente porque se vestia ‘fora da moda’.

O primeiro estandarte veio um ano depois, confeccionado pelo professor e quadrinista Henrique Magalhães, quando desfilou no Muriçocas. A partir de 1990, o bloco se tornou autônomo. Até 1997 o desfile se concentrava na orla do Cabo Branco, mudando depois para o Centro Histórico, onde se mantém até hoje, atraindo milhares de foliões de todas as idades e bairros da Capital. No dia 10 de janeiro de 2018, o bloco perdeu sua maior foliã, símbolo do Cafuçu, Socorro Mendes (Corrinha), que morreu aos 64 anos, vítima de câncer. Corrinha emprestava seu sorriso por onde passava, uma grande gargalhada que era a marca registrada da professora aposentada, nascida no Sertão da Paraíba e moradora de João Pessoa.

O bloco tem 34 anos de existência e em 2019, conquistou o título oficial de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Paraíba. A lei, de autoria da deputada estadual Cida Ramos, atesta a importância do bloco fundado em 1989, quando foi às ruas pela primeira vez, desfilando durante o Muriçocas do Miramar.

O Cafuçu será o único bloco a desfilar dentro do Projeto Folia de Rua desta sexta-feira. No sábado (18), segue a programação:

11h28 – Elefante da Torre – Av. Germiniano da Franca
Atrações: Kojak do Banjo, Preto Neto e Orquestra Porta do Sol
21h – Vaca Morta – Praça da Conquista – Padre Zé
Atração: Val Vallim, Felupe e Orquestra
16h – Bloco Boi do Bessa – em frente ao Bessa Brasil
Atrações: Banda Metal Leve, Liss Albuquerque, Orquestras Paraíso Tropical e Gambiarra de Frevo.
20h – Urso Gay – Praça do Famuel – Mangabeira VII
Atrações: Banda Baile Splok, Orquestra e Picadinha do Frevo

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