João Pessoa, 25 de fevereiro de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Essa escrita organiza-se na construção de uma memória, a minha ou a memória meticulosa do tempo. Ficciona o tempo para obter matéria narrativa, portanto, trata-se apenas de uma carta amorosa sem recordação nostálgica. Em camadas, até achar o destinatário.
Uma coisa do momento, nunca uma coisa atrás da outra. Não me bastaria vê-lo com as imagens da cerimônia. Não, nenhuma cerimônia. O meu coração me pediu, me pede.
Passo do outro lado da calçada e vejo a casa mais bonita, como uma namorada, a namorada que sonhei.
Àquela hora da manhã muitos não calçam seus tênis. Conveniente para mim, que não preciso me explicar, sequer o ô de casa, ô de fora, talvez algo que resulta em alguma tristeza por ver o alpendre adormecido. São 5 da manhã.
O homem e sua inteligência. As convicções, a opinião, cabeça e os momentos bons e tediosos. Sempre bem-humorado. Gosto dele assim.
Com a intervenção amorosa vinda do mar, seria impossível que a vida fosse só isso, mas apreciada de forma tão bonita, da sacada de seu sobrado.
Não por isso, também por mais simples, de que eu não deixar de lembrar o fim da tarde, nem tenha sido menos confuso, mas que possa contribuir para a satisfação da vida.
A forma como tudo foi expresso mostrou, mais uma vez, que somos pequenos, mas capazes da mais elevada conversa que damos ritmos.
Mas, por sermos apaixonados, e por não podermos disfarçar, temos, de fato, uma pedra no caminho, que precisamos removê-la. Chamem Drummond (foto) ou Bandeira, para gente ficar mais perto da estrela da manhã.
Claro que nunca saberemos como teria sido se, como será, esse outro momento da vida. Eu gosto dele. Muito.
Vivo sempre um misto de sentimentos quando estou diante de uma pessoa que admiro, uma pessoa ímpar de várias maneiras, que me inspira e que possamos nos guiar numa expectativa de quem os segue por uma personalidade moldada a sensibilidades.
Meu caro amigo sonhador, artista, poeta e toda noção da importância de partilhar amor e dor, com sua gente hospitaleira.
Ô de casa, ô de fora.
Kapetadas
1 – Muito estranho magoar alguém quando magoar alguém era tudo que você jamais quis. Pense nisso.
2 – Sou do tempo do mundão veio, mas ainda tinha porteira.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024