João Pessoa, 06 de março de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Eu duvido que você, assim como eu, não tenha escutado ao longo da infância sobre as dificuldades pelas quais todos os adultos passam quase que sempre. Aposto um cafezinho que não. Somos “educados” para cumprir deveres, ser cordiais, tirar boas notas, ter uma profissão digna… enfim essas coisas. Não sei se por cuidado supremo ou receios de traumas, os mais velhos que conviveram conosco na infância não trataram dos verdadeiros perrengues.
Já li, reli e ouvi de especialistas a importância dos pais orientarem os pequenos diante das responsabilidades caseiras: tirar o próprio lixo do quarto, fazer as refeições na mesa, coisas assim, obrigações iguais para meninos e meninas. Sem essa de que criança deve ser ociosa, sem essa. Bem, mas estou nesse assunto, e precisei dar essas voltas, porque nestes dias eu estava a pensar o quanto viver é desafiador. A vida exige de nós todos uma força a qual mais das vezes não temos… e aí, como perpassar tudo isso? Não existe receita, não há fórmula… cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
Como citei acima, foi fundamental contextualizar para chegar ao assunto de hoje, leitor, leitora. Não é novidade a situação de uma empresa de moedas digitais, que ganhou nas últimas semanas holofotes devido a não cumprimento dos serviços com os quais muita gente estava enchendo o bolso. O interessado fazia o “aluguel de criptoativos”, com promessa de receber retornos na faixa de 8% ao mês sobre o capital investido — uma taxa muito superior ao da grande maioria das aplicações financeiras existentes no mercado.
Resumo da história: clientes começaram a não mais ter retorno… e os donos estão foragidos. Ora, não existe dinheiro fácil, ou as pessoas foram inocentes ao ponto de acreditar que existe? Os relatos são os mais diversos; homens e mulheres de variadas condições financeiras apostaram suas posses num negócio “vantajoso” e “milionário”. Agora estão a ver navios… e a bufunfa sabe se lá se voltará um dia para quem aplicou nesta empresa.
Só tem uma facilidade para quem quer ter vantagens lucrativas neste planeta: trabalho, sim, muito trabalho, coisa que os investidores não queriam. Jogaram suas economias e as deixaram na mãos de outros para gerenciamento. Não há dinheiro fácil, como não há vida fácil. E quando falo isso, não estou condenando os ambiciosos, não, não é isso, mas é preciso colocar os pés no chão e entender que os patrimônios não caem do céu, eles são, mais da vezes, oriundos da água benta, a única água produtora de milagres: o suor, líquido precioso quando arregaçamos as mangas e vamos à luta.
Inobstante toda acusação de possível fraude, há quem defenda os empresários, dizendo que essa situação não é verdade, que fulano e sicrano há de resolver… Quem tem a espinha ereta e a verdade sob seus pés, não fica foragido, presta conta dos seus atos. Doa a quem doer, no entanto vou olhar para meus acusadores e mostrar que sou inocente… não é o que está ocorrendo com o sujeito dono da tal empresa. Por quê se esconder?
A verdade, meus amigos, não some. Mais cedo ou mais tarde ela aparece. A verdade não precisa de advogados, pois por si só se sustenta, se eleva a ganha a causa. Fica a lição aos desavisados sobre o quanto viver é dureza, mas, com honestidade e certeza de que as pedras no caminho são essenciais, chegaremos do outro lado da esquina mais fortes e sábios. A lição nos foi dada.
Assassinos
Em Campo Grande (MS), uma mulher levou o cão para tosa em pet shop e recebeu o animal cremado de volta. Ela tentou cancelar o processo de cremação, mas alega que o pet shop adiantou o procedimento. O veterinário informou que havia entrado em convulsão durante a secagem do pelo. O profissional e a loja precisam rigorosamente de punição. Os pets são indefesos, não há quem os defenda. Que a justiça seja feita, já!
Péssimo exemplo
Tenho visto à exaustão, nas redes sociais, gente estúpida ao volante e gravando vídeos para ostentar vidas vazias. Advogados, empresários, gente bacana… ou metida a bacana. Que exemplo estão dando? Não dá para aceitar esse tipo de crime. A sociedade deve reagir, e agentes de trânsito fazerem sua parte. Não podemos tolerar mais “acidentes” e mortes no trânsito.
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TURISMO - 19/12/2024