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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Meu calango preferido

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publicado em 07/03/2023 ás 07h00
atualizado em 07/03/2023 ás 08h35

Dia sim, dia de cão, o gato amarelo entra correndo com uma lagartixa entre os  dentes. Eu reclamo, boto ele para fora, mas no dia seguinte, repeteco. Predador de pássaros e lagartixas, Nito não sabe que o hábito é uma segunda natureza. #aristotelis

Aliás, acho que não é lagartixa, é um ser do mesmo planeta, não me lembro de ter visto lagartixas marrons.

Arte em segredo ou fazendo arte. Na verdade, eu tenho saudades do gato preto Dudé, que parecia uma pantera enorme, não dava a mínima a Seu Ninguém, um amor de pessoa. Teve vida menina, igual Michael Jackson.

A vida presta, mas não é uma Paris, uma festa de Ernest Hemingway com os prazeres que não precisamos inventar, criados especialmente para ocasiões e boulevares. Ah, Paris! Soy loco por ti, América!

Originalidade é tudo.

Os gatos são belos, as lagartixas do Bandeira idem, mas tal qual são as criaturas, às vezes ficam emburradas ou enfezadas – entre tripas e corações.

Como indica o título, meu calango preferido, era outro.

Lembro de quando garoto eu adorava pegar os calangos com um fio, uma linha que laçava a cabeça trêmula do pequeno lagarto e ficava brincando. No final, o calango morria. Vale nada, esse K

Os calangos são espertos, mas nunca vi um calango em João Pessoa, se existem, estão escondidos do público e, em segredo, ficarão assim, feito obras de arte de natureza morta.

A vida é um amortecedor, a gente vai ficando velho sem responder ao desafio das centenas de coisas que fazíamos com tanta felicidade, digo, facilidade. Tipo, dá um beijo na boca de repente, quando a coisa não conseguia engrenar, ou olho no olho cego vagueia procurando por um. Hoje é só triscar…  mas eu respeito muito as tentações. Ou não.

Mudando de assunto – a fruição das coisas, a pulseira linda da loja de Derlânia, ( arteouro), o conforto do carro novo, o almoço no restaurante Aspargos, que de aspargos não tem nada, mas a comida é boa, a quentinha da Lili, o sinal vermelho, não avance, para não perder o verde.

Enfim, cada um com seu camaleão e dona camaleoa

Sim, a entrada é livre.

Kapetadas

1 – Medo de vacina bivalente? Medo eu tenho da fatura de crédito que fecha a qualquer hora

2 – Na moral, jovens, cês tem noção que pra achar uma endereço a gente tinha que fazer uma rápida partida de batalha naval num guia de ruas?! Alô, Alexa?

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB