João Pessoa, 15 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Quem pagou pra ver, não duvida mais. O jornalista Nonato Bandeira só retira sua pré-candidatura se não
conseguir preservar apoios partidários e não conquistar
aceitação popular no desenrolar da campanha que ainda
nem começou.
No bom português: a postulação pelo PPS é um
sentimento irreversível, conforme manifestou o próprio
pré-candidato em entrevista ontem ao Correio Debate
(Correio Sat), apesar de reiterar irrestrito e total alinhamento ao projeto político-programático do grupo liderado pelo
governador Ricardo.
Ficou claro, cristalino. Bandeira quer ser candidato
defendendo as conquistas de João Pessoa na Era Ricardo/
Agra, porém colocando-se no páreo como alternativa em
permanente construção e em busca de se firmar na caminhada com passos próprios.
É como se ele projetasse chegar, em junho, apresentando-se viabilizado política e eleitoralmente ao governa-
dor e à cidade, mesmo sem a intervenção direta ou ostensiva dos Girassóis. O que, por si só, provaria uma qualidade
particular a se considerar.
Ele dispõe-se a exaurir o diálogo com as lideranças
políticas e segmentos sociais, não apenas para defender as
mudanças de 2005 pra cá. Combate o “atraso” do PSDB,
reconhece o presente gerado pelo PSB, mas prega embarque no futuro de novas idéias e concepções. De preferência,
com a bandeira do PPS no mastro da nau.
Riscos I – Não são poucos os que
projetam possíveis desconfortos na relação PSB,
Ricardo e Nonato, com o
advento real da manutenção
da candidatura do secretário à PMJP.
Riscos II – O próprio Bandeira
não foge ao assunto. “Já
conversamos sobre isso.
Eu entendo a posição dele
(apoio a um nome do PSB) e
ele entende a minha (candidatura própria)”.
Ruído na comunicação – De um lado, um hábil líder de massas, do outro, o
interlocutor que melhor verbaliza o discurso em defesa do
projeto socialista. Aparentemente, nem essas características
comuns foram suficientes para uma comunicação sincronizada entre Ricardo e Nonato. O primeiro cravou: só haverá
uma candidatura. O segundo avisou ontem: irá até o fim.
Posição, diálogo e convencimento – “Política se faz com posição, jamais com imposição.
Antes de definir, você tem que conversar com as forças
políticas”, analisou Nonato. Na interpretação da Coluna,
o jornalista admitiu apenas uma condição para retirada de
candidatura: o convencimento.
Elogios aos personagens principais – Bandeira fez questão reconhecer os méritos do governador Ricardo, que construiu uma trajetória firmada pelo
contato direto com a sociedade, e elogiou, reiteradas vezes,
o prefeito Luciano Agra, a quem considera um grande cabo
eleitoral na eleição deste ano.
Engordando – Quem teve acesso
aos números da pesquisa
Índice, encomendada pelo
PMDB, se surpreendeu com
o patamar alcançado pelo
solitário deputado Toinho
do Sopão (PTN).
Satisfação contida – Um fato deixou em
êxtase integrantes do núcleo maranhista: primeiro
colocado na nova consulta,
o senador Cícero Lucena
(PSDB) permanece líder
noutro quesito: da rejeição.
De bom grado – Em que pese o dado
em desfavor do senador
tucano, os peemedebistas
alinhados a Zé Maranhão
não causariam o menor obstáculo, caso Cícero topasse
indicar o vice.
Passando… – Na reunião de anteontem
no PMDB, com a frieza que lhe
é peculiar, Maranhão historiou o currículo e a relação do
deputado Manoel Júnior com
o PMDB paraibano.
…Na cara – A raposa lembrou:
lançou Manoel em 2004 e
o ungiu vice de Ricardo.
Recordou que, eleito, Júnior
migrou pro PSB e depois
regressou ao PMDB, onde
achou portas abertas.
Civilidade -Passada a euforia, finalmente Governo e UEPB sentaram para a mesa do diálogo. Uma Comissão Técnica foi criada para analisar o impasse do duodécimo da instituição.
Curva ascendente – O procurador-geral do
Estado, Gilberto Carneiro,
assegurou que os repasses
à universidade só cresceram no atual governo. Este
ano, a previsão é R$ 218
milhões.
Superando o trauma – O presidente da
Associação dos Docentes
da UEPB, José Cristóvão
de Andrade, viu avanços
na reunião de ontem com
representantes do governo.
“Foi muito positiva”.
Bom senso – “Estimular esse fogo cruzado só prejudica os professores e servidores. A gente avança
quando governo e UEPB saem
dos extremos”, ponderou Cristóvão, ao sair do encontro.
Joio do trigo – O deputado Doda de
Tião (PSD) nada tem haver
com a barbaridade provocada pelo sobrinho, envolvido
no sequestro e estupro de
Queimadas. Até ele próprio
pediu Justiça.
Pingo Quente
“Deus não deixa acontecer isso não”
(Do deputado Luciano Cartaxo, contundido após fraturar o pé no Picolé de Manga,
perguntado se a torção era resultado de uma rasteira espiritual de Luiz Couto)
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OPINIÃO - 22/11/2024