João Pessoa, 13 de março de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
É… de repente a gente se olha no espelho e vê os primeiros sinais do tempo. As primeiras rugas, marcas de expressão, manchas. A pele já não é tão viçosa, as olheiras aparecem. Daqui a pouco, os temidos cabelos brancos aparecerão. Não me incomodo com eles.
Também não me importo com as cicatrizes. Trago muitas pelo corpo. Algumas oriundas da maternidade. Outras de cirurgias necessárias, mas todas contam uma história. Histórias de alegrias, de dores, de amores, de companheirismo, de amizade. Na verdade, esses sinais, para mim, representam caminhos por onde passei. E… como foi rápido…!
Outro dia, os meninos estavam me perguntando quando entraremos no século 22. É… eles fazem esse tipo de pergunta! Rsrsrsrs… Outro dia também me perguntaram quem era o pai de Deus, enfim… voltando à pergunta… Eu respondi: daqui a quase 80 anos, filho, e mamãe já não estará mais aqui.
Seguiu-se um silêncio…Depois, o menor falou: ufa…!!! Ainda bem que falta muito, mamãe! Rimos e nos abraçamos.
Mas não falta, não! Passa rápido demais! Nossa vida é um sopro. É como uma viagem, você entra no trem e sabe que tem um destino certo, ao qual chegará, mais cedo ou mais tarde. Como a Aquarela de Toquinho, que um dia descolorirá.
Então, quero viver este momento, a dádiva do viver, na perspectiva do agora. Amar agora. Sorrir agora. Sonhar agora. Curtir meus filhos, meu amor, meu pai, meus irmãos, amigos, agora!
O trabalho excessivo pode esperar, o cansaço e todos os outros afazeres podem esperar.
Afinal, da vida só levamos isso e uma muda de roupas, e, nem somos nós que a escolhemos, como diz ditado bastante popular.
Por isso, plantemos e vivamos HOJE as sementes da nossa eternidade!
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NOVA VAGA - 17/12/2024