João Pessoa, 06 de maio de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A audiência de cinco prisioneiros de Guantánamo acusados de planejar os ataques de 11 de setembro teve um começo difícil neste sábado (5), quando os réus retiraram seus fones de ouvido e se recusaram a ouvir uma tradução das perguntas do juiz.
O réu confesso Khaled Sheikh Mohamed, que planejou os ataques, se recusou a responder as perguntas do juiz sobre se estava satisfeito com os advogados e militares dos Estados Unidos.
"Eu acredito que o sr. Mohamed se recusará a enfrentar o tribunal. Eu acredito que ele está profundamente preocupado com a justiça do processo", disse seu advogado civil, David Nevin.
Mohamed parecia abatido e sua barba tinha um tom avermelhado. Ele usava um turbante branco redondo e túnica branca.
O réu Ramzi bin al-Chaiba se levantou, ajoelhou no chão e rezou no tribunal vigiado por uma fila de guardas em uniformes camuflados, mas não interferiu.
Já o réu Wallid bin Attach foi firmemente amarrado em uma cadeira de restrição após se recusar a comparecer ao tribunal voluntariamente. O juiz o libertou depois que ele prometeu se comportar dentro do tribunal.
Quando todos os réus se recusaram a usar os fones de ouvido que lhes permitiam ouvir a tradução de inglês para árabe das perguntas, o juiz interrompeu a audiência rapidamente e, em seguida, retomou com um intérprete fornecendo tradução que era audível por todo o tribunal.
Mohamed e os demais réus, que podem ser submetidos à pena de morte, enfrentam sete acusações decorrentes dos ataques em 2001, que mataram 2.976 pessoas em Nova York, Washington e Pensilvânia, e levaram os EUA a iniciar uma mortal e custosa guerra global ainda em curso contra a Al Qaeda e seus simpatizantes.
A última aparição dos réus no tribunal havia sido em dezembro de 2008, quando Mohamed se confessou culpado.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024