João Pessoa, 14 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Muito além de querer ser a ungida pelo governador
Ricardo Coutinho e do PSB, a pré-candidata socialista Estelizabel Bezerra parece já ter encontrado a linha de sua postulação. Primeira entrevistada ontem na série de entrevistas
do Correio Debate (Correio Sat), ela deu pistas de qual será
o seu principal trunfo na arena de João Pessoa.
Consciente do desafio de que, sendo candidata, terá
pela frente possivelmente duas raposas políticas (Maranhão
e Cícero), Estelizabel se agarra no que ela considera inserção
como integrante de um novo ciclo vigente em ascensão na
atividade política.
Para a pré-candidata, o eleitor contemporâneo tem
demonstrado inclinação por um perfil e portfólio renovado
de representação, onde o projeto e as idéias se sobrepõem
ao antigo modelo de tapinha nas costas, o personalismo e
o carisma pessoal. Enxerga essa tendência nas eleições de
Lula, Dilma e de Ricardo em João Pessoa e no Estado.
Ela acha que, apesar de desconhecida do grande público, o
eleitor pessoense estará julgando nas urnas neste ano o modelo de
projeto implementado pelo PSB e não apenas a agente escolhida
pelo partido para representar a legenda no iminente embate.
O desafio, porém, como ela própria admite, é se fazer
conhecida em pouco tempo, provar para o exigente votante
da Capital personalidade e qualidades próprias e que não é
só, e tão somente, um nome agradável aos olhos do governador e seu partido.
Panos quentes – Ficou visível. Estelizabel Bezerra, na entrevista
ao Correio Debate, evitou
fazer declarações sobre e
até menções a pré-candidatura do jornalista Nonato
Bandeira (PPS).
Pra depois – Estelizabel também
considerou muito cedo
para costurar ou conversar sobre a vice, o que, na
ótica dela, deve acontecer a
partir de diálogo exaustivos
com partidos da base.
Um vai ter que sair – Se depender da vontade do governador Ricardo,
o seu grupo político na Capital não terá duas candidaturas (Estelizabel e Nonato) e chegará unido às
convenções em junho. Na avaliação do governador, a
estratégia para manter o domínio da principal prefeitura do Estado não comporta duas candidaturas aliadas
disputando o mesmo eleitor.
Frota escolar – Ricardo entregou ontem, em solenidade no Espaço
Cultural, 81 ônibus para o transporte escolar no Interior.
Diferente da gestão passada, todos os veículos já foram
entregues com documentação exigida pelos órgãos de
trânsito e prontos para servirem aos alunos.
Critério mais republicano – Assim como Ricardo, o governador Maranhão também
fez entrega idêntica no seu governo. A diferença, que conta e
muito a favor do atual governador, é que desta vez os critérios políticos e partidários não prevaleceram na distribuição.
Justiça seja feita.
Trio – Já são três pré-candidaturas na base ricardista.
Ontem à noite, o vereador
Geraldo Amorim se lançou
pelo PDT, oficialmente, na
Associação dos Moradores
dos Bancários.
Prognóstico – “Por enquanto a candidata é ela (Estelizabel),
mas em política nós sabemos que tudo é possível”.
Análise do veterano ex-deputado e vice-governador
Zé Lacerda Neto (PSD).
Pela unidade – Expoente de peso
(sem trocadilho) no grupo
do governador, o vice Rômulo Gouveia (PSD) já tem
conceito formado sobre a
indefinição na base: “Divisão é sempre ruim”.
Fervendo – O pleito é em março,
mas a Unimed-JP está em
clima de eleição faz tempo.
O atual presidente Aucélio
Gusmão ainda se debruça
sobre a escolha dos nomes
de sua chapa.
Fechado – Por outro lado, o
candidato da oposição,
Alexandre Magno, já
fechou a chapa. O vice será
Demóstenes Cunha Lima.
Tânia Menezes concorrerá
à direção administrativa.
Meia volta -O deputado Gervásio Filho (PMDB) fez beicinho, mas terminouindo à reunião do PMDB, que sacramentou à presumida pré-candidatura de Maranhão a prefeito.
Estadualizando – No encontro do
PMDB, não faltaram ataques e críticas ao Governo
Ricardo. O convidado
desavisado deve até ter
jurado que o partido já discutia as eleições de 2014.
Manifesto – Em fervoroso discurso, o vereador Fernando
Milanez leu documento
assinado por 27 pré-candidatos a vereadores em
favor da candidatura de
Maranhão à Prefeitura.
Pedrada em Manoel – “Nossa cabeça está
a prêmio”, disse Milanez,
para quem os signatários
da carta temem prejuízos
na proporcional se na majoritária figurar um candida-
to fraco (Manoel Júnior).
Arquivo – Quem conhece o deputado Manoel Júnior sabe
que ele não desistirá fácil
da disputa na Capital. E
que guardará no seu infalível acervo cerebral todos
os flashes dos bastidores.
PINGO QUENTE
“O que cai na urna é voto”.
(Do presidente estadual do PMDB, Antônio Souza,
contestando pesquisa qualitativa para definir o candidato do
partido, como pleiteia o deputado Manoel Júnior)
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OPINIÃO - 22/11/2024