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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Etarismo, e agora?

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publicado em 19/03/2023 ás 08h32
atualizado em 19/03/2023 ás 08h33

Enquanto São Pedro (foto)  bate a meta de chuva em enorme parte do Brasil, no mês da mulher, assistimos a cenas de etarismo fortíssimas pelos quatro cantos do país. Por onde anda a sororidade? Será que essas pessoas acham que conta tempo para a aposentadoria todo esse exagero de uso do tempo delas(na verdade perda de tempo) no WhatsApp, Facebook, instagram e tiktok.  O auge da mulher já foi considerado quando ela completava 30 anos.

Hoje uma mulher plena e madura, dona de si e com capacidade de escolhas lúcidas está na faixa dos 40 anos. E por falar em etarismo, atacaram a Xuxa, dias desses. E pior, elas se atacam e apontam umas às outras na denominação de “acabada”: – Olha fulana tá acabada! Não, fulana não está acabada, fulana está vivendo e envelhecendo, com rugas de boas expressões, com cabelos cor de prata da experiência, códigos de barras valiosíssimas e um bigode chinês que nenhum chinês consegue imitá-lo. Elas estão em toda parte, elas fizeram de tudo para que o lar se mantivesse em ordem, nem tão só naquela parte da decoração caprichada, mas nas secretas munições de economia diárias.

Deixem-nas demorarem no banho e no arrumar da roupa e cabelo, afinal nunca reclamou de ninar crianças desde seus dois a seis quilos nos próprios braços. Parece que a força multiplica quando a cria é sua, coisa que homem logo cansa. Ainda assistimos a mulheres hostis difamando Marielle Franco mesmo passados cinco anos. Por isso pergunto novamente, por onde anda a sororidade? Parece que agora viraram especialistas na Uninternet, mas mestrado, “doc” e pós-doc, nunca se viu. Será que foi a pandemia que degenerou os neurônios das novinhas falantes? Agem como se papagaio fossem,  voando baixo e repetindo conceitos absurdos, poderiam ser águias, voando alto e no silêncio da sabedoria… Faltou noção, loção ou desodorante rexona? Será que faltou a tão temida regulação das mídias sociais? Faltou mais atenção, escola ou educação em casa? Para mim, falta lugar de fala em minha pessoa, mas resolvi, mesmo assim, tagarelar. E pelo amor da Deusa, a revolução não será por essas mídias poluídas de vaidade, há de se criar outro método de união onde realmente as mulheres entendam sobre o manejo e valor do poder coletivo. Para nos encher de esperança, teve o lance do BBB e avistei uma manchete que dizia assim: “Universitárias com mais de 40 anos formam corrente de apoio à vítima de etarismo”.

Bom domingo de chuva de São José! 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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