João Pessoa, 19 de março de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Enquanto São Pedro (foto) bate a meta de chuva em enorme parte do Brasil, no mês da mulher, assistimos a cenas de etarismo fortíssimas pelos quatro cantos do país. Por onde anda a sororidade? Será que essas pessoas acham que conta tempo para a aposentadoria todo esse exagero de uso do tempo delas(na verdade perda de tempo) no WhatsApp, Facebook, instagram e tiktok. O auge da mulher já foi considerado quando ela completava 30 anos.
Hoje uma mulher plena e madura, dona de si e com capacidade de escolhas lúcidas está na faixa dos 40 anos. E por falar em etarismo, atacaram a Xuxa, dias desses. E pior, elas se atacam e apontam umas às outras na denominação de “acabada”: – Olha fulana tá acabada! Não, fulana não está acabada, fulana está vivendo e envelhecendo, com rugas de boas expressões, com cabelos cor de prata da experiência, códigos de barras valiosíssimas e um bigode chinês que nenhum chinês consegue imitá-lo. Elas estão em toda parte, elas fizeram de tudo para que o lar se mantivesse em ordem, nem tão só naquela parte da decoração caprichada, mas nas secretas munições de economia diárias.
Deixem-nas demorarem no banho e no arrumar da roupa e cabelo, afinal nunca reclamou de ninar crianças desde seus dois a seis quilos nos próprios braços. Parece que a força multiplica quando a cria é sua, coisa que homem logo cansa. Ainda assistimos a mulheres hostis difamando Marielle Franco mesmo passados cinco anos. Por isso pergunto novamente, por onde anda a sororidade? Parece que agora viraram especialistas na Uninternet, mas mestrado, “doc” e pós-doc, nunca se viu. Será que foi a pandemia que degenerou os neurônios das novinhas falantes? Agem como se papagaio fossem, voando baixo e repetindo conceitos absurdos, poderiam ser águias, voando alto e no silêncio da sabedoria… Faltou noção, loção ou desodorante rexona? Será que faltou a tão temida regulação das mídias sociais? Faltou mais atenção, escola ou educação em casa? Para mim, falta lugar de fala em minha pessoa, mas resolvi, mesmo assim, tagarelar. E pelo amor da Deusa, a revolução não será por essas mídias poluídas de vaidade, há de se criar outro método de união onde realmente as mulheres entendam sobre o manejo e valor do poder coletivo. Para nos encher de esperança, teve o lance do BBB e avistei uma manchete que dizia assim: “Universitárias com mais de 40 anos formam corrente de apoio à vítima de etarismo”.
Bom domingo de chuva de São José!
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OPINIÃO - 22/11/2024