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Sem ponte, alunos atravessam rio de canoa e enfrentam lama para ir à escola

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publicado em 05/04/2023 ás 15h09
atualizado em 05/04/2023 ás 16h51
Estudantes e trabalhadores precisam usar canoas e atravessar rio descalços

Há cerca de oito dias os estudantes que moram na zona rural do município de Paulista, Sertão paraibano, enfrentam uma série de obstáculos para chegar à escola. A ponte que garantia o acesso da população ficou destruída após fortes chuvas e ainda não foi consertada.

Os estudantes e trabalhadores são forçados a atravessar o rio descalços ou com o uso de canoas para ir e voltar. As crianças e adolescentes que conseguem ir à escola chegam sujos de lama e assistem às aulas muitas vezes desta forma.

As crianças matriculadas em creches estão faltando às aulas porque são pequenas e não têm condições físicas para atravessar o rio.

“Enfrentamos uma situação há décadas no período das cheias, ficamos ilhados e nesse ano a situação piorou porque a ponte do riacho quebrou há mais de 8 dias e nada foi feito para consertar”, explicou a professora Fátima Ribeiro em entrevista ao Portal MaisPB, explicando que “os alunos estão chegando no final da segunda aula e precisam sair de 10h40 para poder fazer o percurso de volta para a conoa”.

Alunos de Paulista ficam sujos após atravessar rio

Ela ressaltou que a ponte só dá acesso à cidade quando o riacho e rio estão com suas vazões de água normalizadas. “Precisamos com urgência da construção das pontes para o município. Somos uma população esquecida”, desabafou a professora.

Os alunos vão a pé do rio até a cidade, sendo que algumas escolas ficam no outro extremo do município, o que faz com que eles precisem andar um longo percurso a pé.

“A prefeitura diz que vai resolver, mas não dá uma resposta concreta, esse ano as coisas pioraram, porque retiraram muita areia desse riacho e houve a contratação de um açude que sangra para dentro desse riacho causando uma enchente maior”, disse a professora.

MaisPB