João Pessoa, 05 de abril de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Ocupar cargo público nesta terra descoberta há mais de cinco séculos é algo muito fácil. Isso porque homens e mulheres, de qualquer esfera política, pouco sabem de suas funções e estão nelas por causa do status banhado a dinheiro. Raríssimas são as exceções.
Você deve ter visto recentemente dois casos de vereadores envolvidos em situações não muito republicanas. Ambos são de cidades da Paraíba e ganharam repercussão por mostrarem suas verdadeiras facetas: passar vergonha e constranger seus eleitores.
O primeiro mandatário do assunto de hoje, com legislatura no município de Areia, no Brejo paraibano, foi preso no fim de semana quando saía de uma festa com a esposa. Um vídeo mostra o momento em que ele é colocado na viatura da polícia e a reação da mulher, que nega ter sido agredida pelo marido.
Já o segundo vereador, da cidade Areia de Baraúnas, se envolveu numa confusão na sessão ordinária após ser confrontado por um eleitor enquanto discursava no parlamento. O parlamentar rebateu as críticas e abandonou o plenário para tirar satisfação com o popular.
Não há novidades, a história se repetiu e há de surgir novamente. Políticos despreparados e vultosos em suas ações primitivas estão em todas as partes. Não tem cabimento alguém que é pago pelo povo dar vexames, seja no meio da rua, agredindo outrem, ou falando disparates na tribuna.
O sujeito pode ser o presidente de qualquer nação ou até mesmo ser o papa, se ele não tiver bons modos… não adianta, a conta não fecha. Não é o cargo que a pessoa ocupa que lhe faz isso ou aquilo, mas o caráter, seu comportamento pessoal. Estou exausto de saber e presenciar gente que chefia tal setor ou empresa, mas que lá nos bastidores ou “frente às câmeras” causa espanto e pouco serve de espelho nos corredores da vida.
Ah, e para terminar o assunto enjoado… se o camarada pretender almejar as bonanças da vida pública, que submeta-se a um rigoroso processo seletivo, infelizmente não é assim. Elegemos o outro pelo voto – no entanto o voto não avalia ninguém, mais da vezes (ou quase sempre) a escolha é feita por simpatia ou ideologia. Quero ver o cara sentar, fazer redação e responder questões sobre, por exemplo, o que é e o que faz um vereador. Cruzes, não sobraria ninguém!
Optaram pelo não
A revista “Isto é” diz que “Casais que decidem não ter filhos reclamam do bullying social”. Querem liberdade, evitar despesas e focar outras coisas. Ora, tempos modernos, não? Realidade aqui e lá fora. Criança é coisa séria: planejamento, educação e investimento de diferentes maneiras. Mas aqui, entre nós, prevalece a ideia do crescei e multiplicai-vos, discurso pregado até hoje pelas religiões. É por isso que vivemos a suspirar nesta sociedade de mazelas.
Entendamos a simbologia
A festa da Páscoa está para acontecer. Embora eu não viva o calendário cristão, acho até interesse esse conceito de ressurreição – não a ressurreição de um corpo, pois isso não existe – mas deixar de lado certas condutas perniciosas e hábitos nada saudáveis para dar espaço à boa cidadania, vivendo bem coletivamente, respeitando os ditames da cidadania, sendo ético na empresa, honesto com família e amigos, enfim, ser uma boa pessoa. Só que para muita gente não comer carne é “honrar com o Senhor…” Ah, abster-se da carne é bobagem, hipocrisia, sendo mais direto. O que importa é renascer ao que há de mais belo: a vida. É preciso entender a mensagem.
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TURISMO - 19/12/2024