João Pessoa, 14 de abril de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Os primeiros cem dias de gestão de um governo não são qualificadores de um prenúncio de boa administração para o restante do mandato do Presidente eleito, mas podem ser termômetro simbólico já delineado, senão para as reentrâncias mais profundas da sociedade brasileira, ao menos para a mídia e para setores expressivos da classe média do país.
O problema é que, no Brasil, esses atores sociais, dentro de um propósito engendrado nas entranhas da operação “Lava a jato”, possuem pecados capitais contra a democracia que foram exponenciados no golpe de 2016, engendrados contra a Presidenta Dilma e estendidos em uma diarreia vergonhosa até 2018 quando, por omissão e muita ação, possibilitaram que um capitão medíocre expulso do Exército, chegasse à Presidência da República às custas da prisão de um homem que foi, por decorrência, defenestrado do processo eleitoral sem a observância dos ditames previstos na Constituição.
Tudo de caso pensado, já que a insensatez, a incapacidade, a truculência, a esbórnia do capitão estava mais do que provada e documentada nos escaninhos do Congresso nacional, onde esse mito dos zumbis, transitou impune por mais de vinte anos sendo um simples zé ninguém, um facistinha de meia tigela que elogiava torturadores no espaço sagrado da democracia. Uma vergonha!
Disso decorre que os critérios de boa governança adotados por essa gente, a maioria ainda tocada pela mosca verde e amarela do fascismo, da mentira, dos interesses escusos na apropriação da coisa pública para fins particulares, são os mais corrompidos e inservíveis para qualquer coisa, sobretudo para avaliação de um governo de cunho democrático, social e includente.
Fico imaginando: se a democracia tivesse sido assaltada por essa gente, o que seria do Brasil, hoje. Um descalabro administrativo, social, cultural e institucional. É por isso que, sem medo de ser feliz, sem a estupidez de quem ainda clama por ditadura, sem enunciar, sequer, um dos inúmeros avanços na gestão administrativa do Presidente Lula, digo de peito aberto: o bom senso voltou. A democracia é o instrumento, por excelência, das conquistas sociais. E nesse particular, é gratificante ver as tornozeleiras enfeitando a vida dos criminosos de oito de janeiro em defesa do Estado democrático de direito. Avante!
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TURISMO - 19/12/2024