João Pessoa, 29 de janeiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Todos sabemos que este jornal, o Correio da Paraíba, integra um sistema de comunicação que, no âmbito do módulo TV, também faz parte da Rede Record de Televisão, portanto concorrente (em termos de audiência) da Rede Globo de Televisão. Não seria, pois, comum, nem mesmo razoável, que neste espaço reportássemo-nos a um seriado apresentado por uma rede de TVs concorrente (no caso, a Globo) se aqui, no Correio da Paraíba, não prevalecesse a plena liberdade de pensamento. Daí, a partir do título destes escritos, estarmos referindo-nos ao seriado “O brado retumbante”, da Rede Globo de Televisão, cujo último capítulo foi apresentado na recente sexta-feira, 27 de janeiro. E, certamente, frustrou muita gente porque seu final (que pessoalmente consideramos pertinente e inteligente) ficou como que sem resposta… aliás, deixou que a resposta seja dada por cada brasileiro!
A partir do seriado, com as chamadas de que se tratava da história de um deputado federal que, por um mero acaso (a morte do então presidente), assumira a presidência do Brasil, ficamos curiosos por saber que “brado retumbante” seria este, mesmo diante de uma história que é uma ficção, mas… de muitas semelhanças com o que ocorre na realidade (principalmente nos bastidores) do mundo político-partidário.
E, através do seriado, vimos retratadas situações “terríveis” do que ocorre naqueles bastidores politico-partidários, destacando o fato de que aqueles políticos – quer dizer, os maus políticos -, com suas ambições de poder, mais se interessam em mostrar os desvios de conduta pessoal – de intimidade mesmo – dos adversários do que contra-argumentar suas idéias e projetos de políticas públicas.
Mas, por tudo quanto foi mostrado no seriado “O brado retumbante”, entendemos que ficou uma convincente sugestão no sentido de que o povo brasileiro dê seu grito, “o brado retumbante”, contra a corrupção que tem como principais atores (aliás, autores) uma parte dos políticos brasileiros. E que essa outra parte, parecida ser a minoria, e que todos queremos que seja a maioria, junte-se à voz do povo, para que possamos, doravante, construir, mesmo, bases sólidas para o nosso desenvolvimento.
Atentemos, porém, que os propósitos em prol do desenvolvimento, eles começam em relação à respectiva cidade em que vivemos, e, óbvio, também, relativamente ao Estado que escolhemos para morar e/ou em que nele nascemos. E isto só corre se houver sentimento coletivo!
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
OPINIÃO - 22/11/2024