Mais uma primavera, como diria a minha avó.

Não foram só flores, mas consegui cultivar um belo jardim de inverno. Bem verdade que alguns espinhos me espetaram, mas cada dor sentida me trouxe experiências. E uma coisa que aprendi é que elas não têm nada a ver com a idade. Elas são consequências do quanto estamos dispostos a extrair delas. Talvez, isso possa ser chamado de maturidade. Maturidade e idade nem sempre são proporcionais. Às vezes, as experiências alongam nosso pavio. Às vezes, elas nos dizem que esperar não é a melhor opção. Mas, elas sempre nos trarão uma nova perspectiva. Elas sempre formarão uma casca na ferida. Uma cicatrização.

Outra característica da experiência, é que ela não se esgota. Mesmo apesar de achar que já vimos tudo, que já vivemos tudo, que já sentimos tudo, ainda chegaremos ao final e diremos: muito pouco eu sei, ou nada sei.

O importante é tocar a vida, como o boiadeiro toca a boiada! Com firmeza, com coragem! Sangue no olho! Importante, também, é saber o quanto é ilusório acreditar que a experiência do outro vai servir pra nós. Receitas prontas, como receitas de bolo, não servem para forjar um coração. Você só sabe quando veste a pele. Cada um de nós carrega o dom de ser capaz.

Carrega o dom de aprender com a vida. Estejamos atentos e dispostos a escutar. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar.

Então… apreciemos as manhas da vida, as manhãs que trazem o sol, o sabor das massas e maçãs que enchem nossa vida e enriquecem nosso paladar. E que a chuva faça florir em nossos corações o amor que faz o coração pulsar e a paz que nos faz sorrir.

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