João Pessoa, 19 de janeiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Neste recente sábado (dia 14), lá no Mag Shopping, encontrei-me com aquele que imagino ser o mais jovem conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Fábio Nogueira. Neste encontro referimo-nos àquele outro conselheiro do mesmo TCE/PB, Flávio Sátyro Fernandes, que hoje já se encontra na condição de aposentado porque sexta-feira, 13 de janeiro, completou 70 anos de uma vida exemplar. E as normas do serviço público determinam aposentadoria compulsória aos 70 anos.
A Paraíba, por tantos de seus líderes, cumprimentam Flávio Sátyro Fernandes por essa aposentadoria, mas, de outro lado, quase que de modo contraditório, lastima que o TCE/PB fique, doravante, sem a participação de tão exemplar conselheiro.
Óbvio que nos critérios do preenchimento da vaga que agora se abre no TCE/PB, aquele órgão certamente receberá um novo competente conselheiro, sobretudo de conduta reconhecidamente ilibada e de notório saber no campo administrativo, contábil e/ou jurídico, mesmo porque o próprio dizer popular sentencia que “ninguém é insubstituível”. Mas, Flávio Sátyro, como no significado bíblico do número 70 (de seus 70 anos), será por “todos, sempre” lembrado!
Jurista, professor, escritor e poeta, Flávio é mesmo um homem de “muito juízo”, inteligentíssimo como o disse em uma de suas composições musicais (Muito juízo), reportando-se a um patoense que ao presidente Juscelino Kubtscheck dissera: “Presidente, pra ser doido nos Patos, precisa ter muito juízo”.
E como Flávio Sátyro adora Patos, sua terra natal! Inspirado nela, também escreveu a canção “Vou-me embora”, dizendo de sua saudade de tantas coisas, entre elas uma buxada.
Mas, não adora só a cidade de Patos, não! Como ele mesmo também afirmou em uma outra canção, “Eu sou Paraíba”! E justificou: “Quem quiser que me chame Paraíba, pois, Paraíba eu sou… com orgulho e altivez!”.
Antes de ser nomeado conselheiro do TCE/PB, Flávio Sátyro foi seu Procurador Geral, antes tendo exercido o cargo de Secretário do Interior e Justiça do Estado.
Entretanto, sua marca “mais marcante” é a de professor, não o professor aposentado que já o é da UFPB, mas, como mestre, mesmo, de todos os que com ele convivemos, dele sempre recebendo as melhores lições de vida, os mais significativos exemplos, porque, como ele lembra, “dizer que assim se faça sem dar o exemplo do fazer, pouco valeria”.
OPINIÃO - 22/11/2024