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ARGENTINA

Interventor da YPF chega para reunião com Lobão e Graça Foster

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publicado em 20/04/2012 ás 11h45

O ministro do Planejamento argentino, Julio de Vido, disse nesta sexta-feira (20), ao chegar para reunião com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em Brasília, que pretende durante o encontro tratar de investimentos da Petrobras na Argentina e de “projetos em comum” da empresa brasileira com a YPF, petroleira expropriada esta semana pelo governo de Cristina Kirchner.

“Vim falar com o ministro Lobão para aprofundar as ações da Petrobras na Argentina e, como interventor da YPF, falar com Graça Foster sobre projetos em comum das duas empresas [YPF e Petrobras]”, disse De Vido ao chegar ao Ministério de Minas e Energia.

Questionado sobre a decisão do governo da província argentina de Neuquén, que no início de abril decretou o cancelamento de uma concessão da Petrobras para exploração de petróleo, De Vido disse que o governo argentino está trabalhando com as autoridades da província e da Petrobras para resolver a questão.

“Formamos uma comissão de trabalho e as negociações estão bem encaminhadas”, disse o ministro argentino. De Vido é um dos interventores da YPF nomeados pela presidente Cristina Kirchner após decisão de expropriar a petroleira, que era controlada pela espanhola Repsol.

Histórico
Na quinta-feira (19), o governo argentino ampliou à empresa YPF Gás, distribuidora de gás butano e propano, a expropriação de 51% das ações da petroleira YPF, segundo informações da agência oficial Telám. Na ocasião, os interventores comunicaram também a perfuração e reparação de mil poços da empresa, segundo texto no site do governo argentino.

A medida ocorreu pouco depois de a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ter anunciado na última segunda-feira (16) que enviaria um projeto de lei ao Congresso Nacional determinando a nacionalização da petroleira YPF no país.

A Repsol YPF é a líder no mercado de combustíveis na Argentina. Sua filial YPF, privatizada nos anos 1990, controla 52% da capacidade de refinamento do país e dispõe de uma rede de 1.600 estações de serviços.

A companhia petrolífera espanhola Repsol afirmou que calcula em US$ 10,5 bilhões sua participação de 57,4% na filial argentina YPF. O vice-ministro Economia da Argentina, Axel Kicillof, afirmou que o governo não irá pagar o preço pedido pela espanhola.

Globo.com