João Pessoa, 13 de abril de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ex-presidente militar argentino Jorge Rafael Videla (1976-1981) admitiu, pela primeira vez, que foi o responsável direto pelas ‘mortes e desaparecimentos de entre 7 mil e 8 mil pessoas’ durante seu governo.
A declaração foi dada ao jornalista argentino Ceferino Reato, que lança no próximo fim de semana na Argentina o livro ‘Disposición Final’ (‘Disposição Final’, em tradução livre), sobre os anos em que Videla comandou o regime argentino.
O general afirmou que a repressão violenta a opositores foi necessária para que não ocorressem protestos dentro e fora do país.
‘Não havia outra solução. Na cúpula militar estávamos de acordo que era o preço a se pagar para ganhar a guerra contra a subversão e precisávamos [de um método] que não fosse evidente, para que a sociedade não o percebesse’, disse Videla ao jornalista.
Em entrevista à BBC Brasil, Reato disse que ‘não foi difícil conseguir a entrevista’.
‘Videla não é procurado pelos jornalistas e estava disposto a falar’, disse.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024