João Pessoa, 04 de julho de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O cara, sim o cara Giatho Profeta, disse tudo sobre meu signo, mas eu ainda fico com a canção do Caetano, “Da maior importância” – signo nenhum. Giatho foi na batata.
Eu sei que há uma suculenta conversa de temas entre os astros e nós, e nas combinações a esmo e improvisadas sacadas. Qual é o seu signo?
Coisa de louco, diz a voz sem rosto, porque a loucura está na cara.
Coisa de desocupados, diz a voz do vento, eu aumento, mas não invento.
Gozo na mão, dentro, gemendo na gostosa brincadeira do sexo a 2, coisa de menino que faz arte, pândega, diabrura, dita & dura e traquinagens gerais.
Tantas analogias para esse jogo sem regras, sem normas, sem limites da língua e do beijo na boca demorado. Só acho feio a criatura beijando na boca em público, homem e mulher, homem com homem, mas vale tudo, né?
No palácio, na calçada, na praça e no palato piloto, forma-se uma sílaba, o néctar da gargalhada vem e traz outra e a gente bola pelo chão, aquele dizer antigo: “bolando de rir”. Rir é bom demais, né?
O transe anárquico da música antiga, “Canalha, Canalha” aparece de novo e nos coloca entre as duas, uma, nenhuma, para insuflar uma coisa só, seu mané.
Poetas por toda parte, a academia cheira a pum, coisa velha, todos regidos pelos parâmetros raivosos que costumam jogar bosta na parede, bem longe das petecas semânticas.
Aquilo que o “pilatista” Marcos Pires diz e faz antes da maratona, digo Baratona (esquentar músculos e tendões), o poeta Cal Aranha repousa feliz numa hotelaria de Tambauzinho, longe da burocracia de escrever porque já disse tudo e agora é hora do show dos sonolentos.
Eu gosto muito de Chico Viana, inteligente, na dele, não está na Academia e não devia, nem vai, faz muito bem pela via do verbo, o prazeroso a todas as leis da gramática.
Enquanto eu escrevo e não sei escrever, estou sob os ditames dos hecatombes curtições da hipnose coletiva, ou seja, aqueles que pegam na árvore dos dicionários as palavras mais gastas, o escritor regido pelos memorandos e ofícios que treina em sua cozinha joyceana. Será?
É a regra 3, uma pletora de alegria. É uma descompostura, é um escândalo, é uma pantagruélica festa. Céus! Você viu cabeção por aí?
Assanhadas cenas, excitadas garotas, elétricas, as partículas da língua saem do limbo a escrever sem arte e chegam, com alaridos e algazarras, para o festim dissoluto e orgíaco das combinações desregradas. Deus do céu!
A prova das fontes, dos nove primevas das palavras, aquilo que o bebê pronuncia nos primeiros rudimentos do falante aprendizado ou aquilo que o homem velho cria, às escondidas, para não ser chamado de senil e seguir conversando com o cachorro, o gato e o passarinho. Eu.
Kapetadas
1 – Tudo que a noite mais quer é, no dia seguinte, ser chamada de noitada. E das boas.
2 – A ordem dos favores não altera o proveito, então, aproveite.
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OPINIÃO - 22/11/2024