João Pessoa, 07 de julho de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Semana passada, um desses pastores fundamentalistas, bradejou essa pérola muito própria dos fascistas: “Deus mataria a população LGBTQIA+” . Além disso, insuflou os seus seguidores a “irem para cima”.
Todos sabemos o que isso significa. Claro que a sociedade reagiu à altura. Muitos foram os que condenaram, com veemência, o crime cometido, afinal não se pode, em nome da liberdade de expressão, ainda que nos meandres de uma prática religiosa, incitar a matança de pessoas.
Liberdade de expressão não se confunde com prática delituosa. São coisas diferentes, mas o ódio que mora nas entranhas desse tipo de gente, inibe-lhes a razão e os deixa estilando a peçonha dos desordeiros.
Sim, um crime inafiançável e imprescritível, como decidiu em 2019 o Supremo Tribunal Federal, para o qual aplica-se a lei do racismo. Que a lei seja aplicada com rigor, que a extrema direita, mesmo que vestida e travestida com o manto da igreja, cale os seus arroubos da intolerância, do ódio e da hipocrisia.
Menos mal que a reação da sociedade foi exemplar. O Ministério Público Federal instaurou uma investigação, afora outras medidas legais tomadas de forma avulsa por outros cidadãos.
O pior disso é que parlamentares bolsonaristas ousaram, do alto do ódio que nutrem pelas minorias, defender a suposta liberdade de expressão do delinquente. Hipócritas, a vergonha suprema para um parlamentar.
Não são todos, mas o que mais me irrita é ver seguidores desses vampiros da dignidade humana se aborrecerem ante a crítica da sociedade contra essa prática delituosa. Como não criticar esses pastores, se eles não deixam em paz as minorias? Como deixá-los em paz, se eles querem ordenar a forma como os outros devem viver? Como deixá-los em paz, se eles ocupam a política partidária para impedir o avanço, inclusive,de políticas publicas inclusivas? Ora, ora, senhores pastores, leiam o Novo Testamento.
@professorfranciscoleite
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