João Pessoa, 24 de dezembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Na véspera do Natal, a Paraíba pode celebrar um presente coletivo, resultado do começo da tão esperada e pregada maturidade política, atributo tão escasso nas últimas décadas de guerra, disputa permanente e corda esticada.
No finalzinho do ano, no instante em que conseguimos superar as birras pueris e as diferenças políticas, colhemos o primeiro fruto. A bancada federal fechou o ano como a sétima no ranking de alocação de emendas ao Orçamento Geral da União.
Bastou nos unirmos, ainda que acanhadamente, para emplacarmos R$ 1,4 bilhão de reais em recursos reservados para investimentos e obras vitais ao desenvolvimento de nosso Estado. Superamos nesse quesito o vizinho e badalado Pernambuco.
Só perdemos para gigantes como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e outros estados que historicamente têm abocanhado as grandes fatias do Orçamento do Governo Federal, decorrente da proporção e poder de fogo de suas azeitadas bancadas.
O êxito paraibano empresta a certeza de que somente a unidade política, na hora de “brigar” pela Paraíba, é o remédio com fórmula potente de nos curar do atraso econômico e estruturante a que temos sido castigados por décadas a fio.
O resultado do primeiro passo dado por deputados e senadores, que ousaram marginalizar as divergências pessoais e partidárias em nome da convergência pelo coletivo, é o sinal claro de que, apesar de pequenos, a unidade nos agiganta.
Bem… –
O senador Vital do Rego (PMDB), presidente da Comissão Mista do Orçamento, saiu cacifado do processo que culminou com a aprovação do Orçamento da União.
Na fita –
Ontem à tarde, Vitalzinho recebeu telefonema da presidente Dilma Roussef, de quem ouviu elogios pela condução da votação do Orçamento no Congresso Nacional.
Uma pausa na agenda –
O governador Ricardo Coutinho decidiu não viajar no Natal. Passa a data festiva em família na Granja Santana. Deve aproveitar para fugir um pouco da rotina desgastante dos últimos meses de desafios administrativos e conflitos políticos do primeiro ano de um governo de rupturas profundas na gestão e nas relações de poder.
Estruturação partidária dos girassóis –
Em contato com a Coluna, o presidente Edvaldo Rosas, elencou a chegada do PSB diretórios em 212 cidades e a escalação de 121 candidatos a prefeitos. Em 2011, o PSB fez três encontros estaduais, dois seminários de formação política, além dos seminários regionais.
Dor de cabeça vermelha –
Inegavelmente, o PMDB fecha 2011 com problemas. O partido tem dificuldades, por enquanto, com a viabilidade de uma candidatura em Campina Grande e ainda bate-cabeça em João Pessoa. As indigestões sem somam a crise intestina deflagrada no apagar do ano.
Pela tangente –
O prefeito Veneziano Vital não comeu a corda do vereador Fernando Milanez (PMDB), que cobrou posição da família Vital sobre o manifesto lançado pelo deputado Manoel Júnior.
Prudência –
“Precisamos ter a serenidade de discutir esses temas internamente e superá-los como superamos nos casos de Cabedelo e São Bento”, ponderou Veneziano, contato com a Coluna.
Prescrição –
Veneziano pregou o diálogo como o elixir para aliviar a indigestão peemedebista. “Defendo que na opinião de quem quer que seja prevaleça a ponderação, o bom senso e o diálogo”.
Metas –
Recém empossado, o deputado Leonardo Gadelha (PSC) pretende manter o “padrão de qualidade legislativa” da titular e promete assiduidade. Descarta interesse no pleito em Sousa.
Debate –
O jovem parlamentar considera fundamental a abertura de uma discussão entre todos os setores da sociedade para a construção de um projeto de desenvolvimento a longo prazo na Paraíba.
Lapsos –
Maranhão precisa cuidar de sua assessoria pessoal. O ex-governador anda confundindo Suape com Pecém e porto com aeroporto. Daqui a pouco pode trocar João Pessoa por João Dantas.
Presenteado –
Hervázio Bezerra anda feliz com o “Papai Noel”. Em 2011, ele saltou de vereador para deputado e ainda ganhou a missão de liderar a bancada do governo na Assembléia.
Projeção –
O prefeito Luciano Agra (PSB) tem consciência de que avançou em 2011 como gestor, venceu desafios como político e espera colher os frutos em 2012. “Vai ser um ano bem melhor”.
Sonhando acordado –
Já o deputado Luciano Cartaxo (PT) só pensa na Prefeitura da Capital como o presente dos sonhos. “Se for da vontade de Deus…”. Precisa ser também da vontade da maioria do PT.
Fé –
O deputado Guilherme Almeida (PSC) ainda mantém acesa a esperança da candidatura em Campina. “Se Deus quiser e for melhor, que essa nova empreitada nossa seja vitoriosa”.
PINGO QUENTE – “A unidade da classe política paraibana”. Do deputado Arnaldo Monteiro (PSC) fazendo sábio pedido de Natal e projetando um sonho que não devia ser encarado como utopia, mas necessidade.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024