João Pessoa, 23 de dezembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Se contra fatos não há argumentos, como preceitua a sabedoria popular, contra números não há muito menos o que se falar ou contestar. Em que pese todo o esforço dos adversários do governo, os dados identificam consideráveis avanços já no primeiro ano da gestão do governador Ricardo Coutinho, quer queiram ou não os ortodoxos.
A começar pelo enquadramento do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal, mandamento de cabeceira de qualquer gestor. O comprometimento do orçamento com a folha de pessoal caiu de 56,93% no final de 2010 para 46% no entardecer de 2011. A Paraíba voltou à legalidade e começa a se projetar à condição de governabilidade.
Para chegar a este equilíbrio, a gestão socialista pagou um preço, ônus que a oposição elevou à sensação de ausência de ações. Longe da temperatura acentuada dos debates políticos, a frieza dos números revela outra realidade. Apesar da turbulência, em 2011, o governo superou em R$ 62 milhões os investimentos de 2010 em obras, diga-se passagem um ano eleitoral onde tradicionalmente se despeja dinheiro.
A realidade é que a Paraíba pode e precisa avançar muito daqui pra frente, porém não é possível e nem justo negar as conquistas registradas em 2011. Virar as costas para os números significativos aqui expostos é ignorar, esnobar e falsear até a contabilidade pública. Coisa que só interessa aos atletas permanentes da ginástica política. Menos ao povo.
Fomento –
A sociedade paraibana, focada no debate de aumento e de lutas localizadas, talvez ainda não tenha se dado conta do que representa o Empreender para a micro-economia.
Oportunidade –
Segundo os dados do governo, na primeira etapa, o programa já disponibilizou R$ 17 milhões de reais para o financiamento de micro-empreendimentos em todas as regiões.
Ricardo, o aumento e o ganho real –
Ao Correio Debate (Rádio), o governador Ricardo Coutinho reagiu com tranqüilidade às críticas da oposição contra o reajuste concedido ao funcionalismo. Didaticamente, o socialista frisou que o aumento incrementa folha em 10%, portanto, há ganho real ao servidor. “Não entendo como alguém passa a dizer uma bobagem dessa”.
10 anos contra 1 –
Sobre as declarações do ex-governador Maranhão, que acusou Ricardo de traição ao servidor, Coutinho saiu da ponderação marcante de toda a entrevista e não se conteve: “Em apenas um ano eu ganhei dele em aumento, que governou durante dez anos”.
Revide a Vené –
Ricardo não deixou de se reportar aos ataques desferidos pelo prefeito Veneziano Vital, que reclama de desatenção do governo à Campina. “Quando você vai ver os indicadores de alguém que já governa por tanto tempo não consegue ver nenhum avanço na cidade”.
Ciúme –
O governador Ricardo disse que Veneziano, crítico contumaz do governo em Campina, na verdade padece de dor de cotovelo por ver o Estado fazer o que ele não faz na cidade”.
Conversa fiada –
“Existem aqueles que não querem sair do palanque. O povo sabe quem é que só vive de lero-lero”, disparou Ricardo Coutinho, voltando a estocar o “cabeludo” de Campina Grande.
Lei da Semeadura –
Ricardo tem consciência do silêncio de parte da sua base na defesa do governo. Por isso, o recado com endereço certo. “O governo será leal com aqueles que são leais ao governo”.
Foco geral –
O líder socialista voltou a afirmar que não restringirá seu governo à política salarial dos servidores estaduais. “Não posso governar somente para 3% da população. E as obras, as estradas…?”.
Cifra –
Com o olhar já voltado para o futuro, Ricardo apresentou um novo dado: o maior pico histórico de investimentos da Paraíba não passou de R$ 350 milhões. Em 2012, serão R$ 2,6 bilhões.
Distensão –
Questionado pelo colunista sobre o apelo feito em 2010 pela união da Paraíba, Ricardo considera que faz sua parte, apesar da realidade mostrar o agravamento nas relações políticas.
A parte de cada um –
“Pergunte aos prefeitos adversários como o governo tem tratado a todos, sem perseguição. Agora tem aqueles que preferem ficar no palanque”, respondeu na bucha o governador.
Portas fechadas –
A Câmara de João Pessoa decidiu decretar ponto facultativo nessas quinta e sexta. Por falta de comunicação, alguns vereadores e funcionários bateram com a cara na porta ontem.
Providências –
Apesar do desencontro, o presidente da Casa, Durval Ferreira (PP), já convocou o colegiado de líderes para reunião na próxima segunda-feira. Na pauta, o calendário de votação.
Nova missão –
O desembargador federal paraibano Paulo Gadelha, do TRF da 5ª Região, toma posse no próximo dia nove no TRE de Pernambuco. “Será um orgulho representar mais uma vez a Paraíba”.
PINGO QUENTE – “Pra servir de chacota, eu tô fora”. Do vereador Bruno Farias, perguntado pela Coluna se integrará a lista dos possíveis candidatos a prefeito do PPS na Capital, inaugurada pelo deputado Janduhy Carneiro.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024