É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.
Por onde anda a crônica?
As crônicas relatam acontecimentos do cotidiano, elas não têm a finalidade alguma de informar. A crônica é livre, em geral leve, anda por lugares sem tensão, pode até ser provocativa, sarcástica, mas é a narrativa mais gostosa do dia a dia.
O objetivo dessa desse tipo de Literatura é, na verdade, provocar uma reflexão sobre um assunto abordado. Mas a crônica anda triste, esquecida entre as danças do tiktok. Respondendo ainda à primeira pergunta, a crônica anda com pernas tortas, com medo do seu próprio fim. A crônica está refém de assuntos sérios. Tomara que a inteligência artificial gere bons frutos para esse gênero literário. Que tenhamos mais sorte nos dias digitais.
Poderia falar dos 438 anos da cidade de João Pessoa, mas achei clichê demais. E está tudo certo, pois o clichê é a bebida dos amantes!
Mas espero que os robôs venham exaltados, que brotem outros autores, que essa douta inteligência seja um rompante de crônicas desvairadas! O sumido leitor das crônicas é o urbano, antenado às redes sociais que são as novas colunas sociais sem a trágica “society” que nos aterrorizou por décadas e, que em princípio, já foi um dia um leitor de jornal ou de revista que também estão com seus dias abalados.
A preocupação com esse leitor sumido é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista que vos escreve, dê maior atenção aos acontecimentos futuros do nosso viver, não interessando apenas o mundo contemporâneo, dos podres acontecimentos do cotidiano comum e pobre nas pequenas e grandes cidades, a crônica de hoje que, como toda ela vem do Deus Chronos – o pai do Tempo, um velho senhor que carrega uma grande foice – se preocupa com o próprio futuro e da humanidade, buscando alento na tecnologia, pois algo há de novo surgindo e há de ser bom para ela mesma, para os cronistas e os leitores!
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB