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NOVA VIDA

Deficientes relatam dificuldades e desafios em relacionamentos amorosos

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publicado em 04/04/2012 ás 09h12

As dificuldades e desafios enfrentados por deficientes quando o assunto é namoro são tema de uma série transmitida pela TV britânica nesta semana.

Em diversos relatos, deficientes físicos e mentais contam as barreiras que têm de superar para conquistar uma vida amorosa bem-sucedida.

Adrian Higginbotham, de 37 anos, conta que para ele, que é cego, as dificuldades começam no primeiro contato, o ponto de partida para qualquer relacionamento.

‘Você não pode entrar em uma sala de modo casual e dar aquela olhada. Você não pode sorrir para alguém que você já viu duas vezes anteriormente passando pela rua’, diz Higginbotham.

Com um título provocante, o programa ‘The Undateables’ (que poderia ser traduzido como ‘Os Inamoráveis’) conta histórias como a de Higginbotham e virou alvo de discussões acaloradas nas redes sociais principalmente por conta do título.

O programa mostra ainda uma agência de namoros especializada em pessoas com dificuldade de aprendizagem, a ‘Stars in the Sky’, que assegura que seus clientes cheguem seguros ao local do encontro e os ajuda a encontrar ‘a pessoa certa’.

A agência diz já ter organizado mais de 180 encontros desde 2005, com um saldo de um casamento, uma união entre pessoas do mesmo sexo, três noivados e 15 relacionamentos sérios.

Reações
 

O programa mostra que, apesar de muitos deficientes estarem casados e felizes ou não terem dificuldades para namorar, outros enfrentam uma gama variada de reações e, às vezes, atitudes estranhas, principalmente quando o par não sofre de deficiência.

Lisa Jenkins, de 38 anos, relata sua experiência em um encontro com um amigo de um amigo que não sabia que ela tinha paralisia cerebral.

‘Nós entramos em um bar e ele imediatamente desceu os degraus diante de nós. Eu tentei descer, mas simplesmente não consegui. Não havia corrimão’, conta.

Quando seu acompanhante perguntou se algo estava errado, Jenkins teve de contar sobre sua paralisia cerebral.

‘Eu podia ver a mudança em seu rosto. Ele ficou instantaneamente menos atraído por mim’, diz.

‘Eu já tive homens que se sentiam atraídos por mim, mas achavam que havia algo de errado com eles por isso.’

Jenkins conta que já chegou a ouvir de um potencial pretendente que ele ‘sempre teve interesse por sexo bizarro’.

Em uma sondagem feita em 2008 pelo jornal britânico The Observer, 70% dos entrevistados disseram que não fariam sexo com um deficiente.

Shannon Murray, uma modelo na casa dos 30 anos, há 20 em uma cadeira de rodas, conta que, quando era adolescente, alguns rapazes lhe ofereciam uma bebida e em seguida perguntavam se ela ainda podia fazer sexo.

G1