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O assassinato do candidato a presidente do Equador Fernando Villavicencio pode levar a muitos desdobramentos no Equador. É o que avalia o doutor em Ciência Política, Elton Gomes, da Universidade Federal do Piauí e membro do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia.
A primeira consequência, segundo o professor, será o aumento dos conflitos já existentes no país principalmente se houver suspeita que o crime tenha alguma motivação política e que as facções criminosas que reivindicam a ação tenham cometido o crime a serviços de algum grupo envolvido no pleito.
“O assassinato de um presidenciável pode gerar muita desconfiança sobretudo se houver suspeita que o crime tenha sido cometido para influenciar o resultado das eleições”, enfatiza.
Outra situação, é uma pressão uma pressão maior no combate ao narcotráfico especialmente se houver suspeita que o crime possa ter sido cometido por grupos ligados ao tráfico de drogas com conexos política naquele país.
Também o que tem muito impacto é a repercussão internacional do crime que pode levar outros países a cobrar respostas do governo equatoriano.
“O assassinato de um político em evidência e candidato a presidente da República tem impacto muito grande do ponto de vista da imagem internacional do Equador especialmente porque o país tem relação diplomática com países importantes e o crime pode levar a condenações internacionais e aumento da pressão sob o governo equatoriano para investigar e punir os responsáveis por esse homicídio”, finalizou.
Quinto colocado nas corrida eleitoral do Equador, Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros quando realizava atividades de campanha.
MaisPB
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